Retrospectiva 2023

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Sete de outubro de 2023: o dia em que Israel viveu o pior ataque terrorista de sua história

Ações de extremistas resultaram em uma dura resposta israelense, com a promessa de eliminar o Hamas

Internacional|smarli

30/12/2023 - 02h00 (Atualizado em 19/04/2024 - 06h26)

O sol nasce. Às margens da Faixa de Gaza, centenas de homens armados, membros do grupo terrorista Hamas, aproximam-se da fronteira com Israel. Em poucos minutos, começaria um pesadelo para todo um país e um povo — O sol nasce. Às margens da Faixa de Gaza, centenas de homens armados, membros do grupo terrorista Hamas, aproximam-se da fronteira com Israel. Em poucos minutos, começaria um pesadelo para todo um país e um povo O sol nasce. Às margens da Faixa de Gaza, centenas de homens armados, membros do grupo terrorista Hamas, aproximam-se da fronteira com Israel. Em poucos minutos, começaria um pesadelo para todo um país e um povo (MOHAMMED ABED/AFP - 07/10/2023)

Naquele sábado, 7 de outubro — era o fim de um importante feriado judaico, o Sucot —, os militares israelenses não monitoravam o cerco com Gaza, e os civis nas cidades e em comunidades perto da fronteira não imaginavam que o Hamas, uma "organização terrorista", segundo a União Europeia, os Estados Unidos e Israel, iniciaria o ataque mais sangrento da história em solo israelense — Naquele sábado, 7 de outubro — era o fim de um importante feriado judaico, o Sucot —, os militares israelenses não monitoravam o cerco com Gaza, e os civis nas cidades e em comunidades perto da fronteira não imaginavam que o Hamas, uma "organização ter... Naquele sábado, 7 de outubro — era o fim de um importante feriado judaico, o Sucot —, os militares israelenses não monitoravam o cerco com Gaza, e os civis nas cidades e em comunidades perto da fronteira não imaginavam que o Hamas, uma "organização terrorista", segundo a União Europeia, os Estados Unidos e Israel, iniciaria o ataque mais sangrento da história em solo israelense (Reuters)

O nome da operação é "Dilúvio de Al-Aqsa", em homenagem à mesquita considerada o terceiro local sagrado do Islã em Jerusalém. Foi cuidadosamente preparada, talvez durante um ano, segundo especialistas militares israelenses, sob o nariz dos serviços de Inteligência de um país conhecido por suas capacidades nesse domínio. Enquanto os terroristas invadiam por terra, água e ar, também eram disparados milhares de foguetes em direção a cidades israelenses — O nome da operação é "Dilúvio de Al-Aqsa", em homenagem à mesquita considerada o terceiro local sagrado do Islã em Jerusalém. Foi cuidadosamente preparada, talvez durante um ano, segundo especialistas militares israelenses, sob o nariz dos serviços de ... O nome da operação é "Dilúvio de Al-Aqsa", em homenagem à mesquita considerada o terceiro local sagrado do Islã em Jerusalém. Foi cuidadosamente preparada, talvez durante um ano, segundo especialistas militares israelenses, sob o nariz dos serviços de Inteligência de um país conhecido por suas capacidades nesse domínio. Enquanto os terroristas invadiam por terra, água e ar, também eram disparados milhares de foguetes em direção a cidades israelenses (MAHMUD HAMS/AFP - 07/10/2023)

Os terroristas usaram parapentes motorizados para aterrissar em muitos locais, incluindo uma festa de música eletrônica, onde mais de 200 pessoas, a grande maioria jovem, foram mortas — Os terroristas usaram parapentes motorizados para aterrissar em muitos locais, incluindo uma festa de música eletrônica, onde mais de 200 pessoas, a grande maioria jovem, foram mortas Os terroristas usaram parapentes motorizados para aterrissar em muitos locais, incluindo uma festa de música eletrônica, onde mais de 200 pessoas, a grande maioria jovem, foram mortas (Brigadas Al-Qassam/Telegram/via REUTERS - 07.10.2023)

18º dia — Um número não revelado de mergulhadores do
Hamas tentou se infiltrar em Israel a partir da Faixa de Gaza pelo mar, mas eles foram mortos pelas forças navais israelenses — 18º dia — Um número não revelado de mergulhadores do Hamas tentou se infiltrar em Israel a partir da Faixa de Gaza pelo mar, mas eles foram mortos pelas forças navais israelenses 18º dia — Um número não revelado de mergulhadores do Hamas tentou se infiltrar em Israel a partir da Faixa de Gaza pelo mar, mas eles foram mortos pelas forças navais israelenses (Divulgação/Hamas/Telegram)

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O resultado foi uma devastação em pequenas comunidades (kibutzim), onde viviam muitas famílias, com idosos e crianças. Em algumas delas, dezenas de pessoas foram sequestradas e levadas pelos terroristas para a Faixa de Gaza. Nas imagens das câmeras de segurança que vieram a público, os terroristas aparecem caminhando calmamente e fortemente armados pelos kibutzim de Be'eri, Kfar Aza, Nir Yitzhak, Nir Oz, Nirim — O resultado foi uma devastação em pequenas comunidades (kibutzim), onde viviam muitas famílias, com idosos e crianças. Em algumas delas, dezenas de pessoas foram sequestradas e levadas pelos terroristas para a Faixa de Gaza. Nas imagens das câmeras de ... O resultado foi uma devastação em pequenas comunidades (kibutzim), onde viviam muitas famílias, com idosos e crianças. Em algumas delas, dezenas de pessoas foram sequestradas e levadas pelos terroristas para a Faixa de Gaza. Nas imagens das câmeras de segurança que vieram a público, os terroristas aparecem caminhando calmamente e fortemente armados pelos kibutzim de Be'eri, Kfar Aza, Nir Yitzhak, Nir Oz, Nirim (Amir Cohen/Reuters - 19.10.2023)

A screengrab from a social media video published on October 7, 2023 shows Noa Argamani as she is taken hostage by Palestinian militants, at an unknown location. Video obtained by Reuters/via REUTERS THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. NO RESALES. NO ARCHIVES. BEST QUALITY AVAILABLE — Vídeos de pessoas sequestradas começaram a circular nas redes sociais. Era só o começo do sofrimento de familiares e amigos Vídeos de pessoas sequestradas começaram a circular nas redes sociais. Era só o começo do sofrimento de familiares e amigos (Redes sociais/Reuters - 07.10.2023)

Benjamin Netanyahu Israel — Naquele mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahyu, declarou estado de guerra e prometeu eliminar o Hamas. Um gabinete especial foi montado, e 300 mil soldados foram mobilizados Naquele mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahyu, declarou estado de guerra e prometeu eliminar o Hamas. Um gabinete especial foi montado, e 300 mil soldados foram mobilizados (Reprodução redes sociais/Twitter - @netanyahu)

A resposta de Israel começou ainda naquele sábado. Aviões militares atacaram dezenas de alvos na Faixa de Gaza, território palestino comandado pelo Hamas desde 2007 — A resposta de Israel começou ainda naquele sábado. Aviões militares atacaram dezenas de alvos na Faixa de Gaza, território palestino comandado pelo Hamas desde 2007 A resposta de Israel começou ainda naquele sábado. Aviões militares atacaram dezenas de alvos na Faixa de Gaza, território palestino comandado pelo Hamas desde 2007 (Mohammed Salem/Reuters - 07.10.2023)

Os ataques aéreos continuaram intensamente por cerca de três semanas, até que o Exército anunciou a expansão da incursão terrestre, algo temido pelos israelenses — a guerra urbana em Gaza sempre foi vista por estrategistas militares como algo arriscado, uma vez que os terroristas do Hamas usam infraestrutura civil (escolas, mesquitas e hospitais) como abrigo — Os ataques aéreos continuaram intensamente por cerca de três semanas, até que o Exército anunciou a expansão da incursão terrestre, algo temido pelos israelenses — a guerra urbana em Gaza sempre foi vista por estrategistas militares como algo arriscado... Os ataques aéreos continuaram intensamente por cerca de três semanas, até que o Exército anunciou a expansão da incursão terrestre, algo temido pelos israelenses — a guerra urbana em Gaza sempre foi vista por estrategistas militares como algo arriscado, uma vez que os terroristas do Hamas usam infraestrutura civil (escolas, mesquitas e hospitais) como abrigo (MAHMUD HAMS/AFP)

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Uma rede de túneis de proporções gigantescas usada pelo grupo terrorista também era um desafio. A partir dessas passagens subterrâneas e de bunkers, os líderes do Hamas organizavam e realizavam ataques contra Israel. Destruir essas passagens e abrigos era uma prioridade do Exército — Uma rede de túneis de proporções gigantescas usada pelo grupo terrorista também era um desafio. A partir dessas passagens subterrâneas e de bunkers, os líderes do Hamas organizavam e realizavam ataques contra Israel. Destruir essas passagens e abrigos ... Uma rede de túneis de proporções gigantescas usada pelo grupo terrorista também era um desafio. A partir dessas passagens subterrâneas e de bunkers, os líderes do Hamas organizavam e realizavam ataques contra Israel. Destruir essas passagens e abrigos era uma prioridade do Exército (Jack Guez/Reuters - 18.01.2018)

Judith Tai Raanan and her daughter Natalie Shoshana Raanan, U.S. citizens who were taken as hostages by Palestinian Hamas militants, walk while holding hands with Brig.-Gen. (Ret.) Gal Hirsch, Israel's Coordinator for the Captives and Missing, after they were released by the militants, in response to Qatari mediation efforts, in this handout picture obtained by Reuters on October 20, 2023. Government of Israel/Handout via REUTERS THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. FACES BLURRED AT SOURCE — 13º dia — O Hamas libertou duas reféns americanas — Judith e a filha Natalie — capturadas durante a ofensiva realizada pelos terroristas em território israelense em 7 de outubro. Segundo o governo de Israel, os terroristas sequestraram cerca de 230 pes... 13º dia — O Hamas libertou duas reféns americanas — Judith e a filha Natalie — capturadas durante a ofensiva realizada pelos terroristas em território israelense em 7 de outubro. Segundo o governo de Israel, os terroristas sequestraram cerca de 230 pessoas durante o atentado-surpresa (Governo de Israel/Reuters)

17º dia — O Hamas libertou duas reféns israelenses —
Nurit Cooper e Yocheved Lifshitz, de 79 e 85 anos, respectivamente. Elas haviam
sido sequestradas no primeiro fim de semana deste mês e foram soltas por
"razões humanitárias e de saúde urgentes", segundo os terroristas — 17º dia — O Hamas libertou duas reféns israelenses — Nurit Cooper e Yocheved Lifshitz, de 79 e 85 anos, respectivamente. Elas haviam sido sequestradas no primeiro fim de semana deste mês e foram soltas por "razões humanitárias e de saúde urgentes", seg... 17º dia — O Hamas libertou duas reféns israelenses — Nurit Cooper e Yocheved Lifshitz, de 79 e 85 anos, respectivamente. Elas haviam sido sequestradas no primeiro fim de semana deste mês e foram soltas por "razões humanitárias e de saúde urgentes", segundo os terroristas (Reuters - 23.10.2023)

Com caminhões proibidos de acessar o território, a situação humanitária em Gaza foi se deteriorando hora após hora. Países envolvidos nas negociações, como Egito, EUA e Catar, discutiam com Israel a possibilidade de uma pausa humanitária — Com caminhões proibidos de acessar o território, a situação humanitária em Gaza foi se deteriorando hora após hora. Países envolvidos nas negociações, como Egito, EUA e Catar, discutiam com Israel a possibilidade de uma pausa humanitária Com caminhões proibidos de acessar o território, a situação humanitária em Gaza foi se deteriorando hora após hora. Países envolvidos nas negociações, como Egito, EUA e Catar, discutiam com Israel a possibilidade de uma pausa humanitária (Mohammed Salem/Reuters - 08/10.2023)

A proposta da pausa foi levada em quatro votações, no mês de outubro, ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), mas acabou vetada, ora por EUA, ora por Rússia — A proposta da pausa foi levada em quatro votações, no mês de outubro, ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), mas acabou vetada, ora por EUA, ora por Rússia A proposta da pausa foi levada em quatro votações, no mês de outubro, ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), mas acabou vetada, ora por EUA, ora por Rússia (Shannon Stapleton/Reuters - 24.10.2024)

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Uma proposta da Jordânia acabou aprovada em uma Assembleia-Geral Extraordinária da ONU, determinando um cessar-fogo imediato e a garantia de ajuda humanitária. Foram 120 votos a favor, 14 contra e 45 abstenções. Estados Unidos e Israel votaram contra, e o Brasil votou a favor. A resolução não tem o mesmo peso de uma decisão do Conselho de Segurança e serviu apenas como recomendação — Uma proposta da Jordânia acabou aprovada em uma Assembleia-Geral Extraordinária da ONU, determinando um cessar-fogo imediato e a garantia de ajuda humanitária. Foram 120 votos a favor, 14 contra e 45 abstenções. Estados Unidos e Israel votaram contra, ... Uma proposta da Jordânia acabou aprovada em uma Assembleia-Geral Extraordinária da ONU, determinando um cessar-fogo imediato e a garantia de ajuda humanitária. Foram 120 votos a favor, 14 contra e 45 abstenções. Estados Unidos e Israel votaram contra, e o Brasil votou a favor. A resolução não tem o mesmo peso de uma decisão do Conselho de Segurança e serviu apenas como recomendação (Mike Segar/Reuters - 26.10.2023)

Os reféns soltos cruzaram a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, pouco antes das 18h (13h, no horário de Brasília), em veículos da Cruz Vermelha, organização humanitária responsável pelo transporte deles até as autoridades israelenses — Os reféns soltos cruzaram a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, pouco antes das 18h (13h, no horário de Brasília), em veículos da Cruz Vermelha, organização humanitária responsável pelo transporte deles até as autoridades israelenses Os reféns soltos cruzaram a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, pouco antes das 18h (13h, no horário de Brasília), em veículos da Cruz Vermelha, organização humanitária responsável pelo transporte deles até as autoridades israelenses (Alex Mita/Escritório de Imprensa do Hamas/AFP – 24.11.2023)

Ao longo de sete dias, com um acordo considerado frágil, foram libertadas 110 pessoas da Faixa de Gaza. Os combates recomeçaram em 1º de dezembro, com a alegação de Israel de que o Hamas havia violado a trégua ao disparar foguetes — Ao longo de sete dias, com um acordo considerado frágil, foram libertadas 110 pessoas da Faixa de Gaza. Os combates recomeçaram em 1º de dezembro, com a alegação de Israel de que o Hamas havia violado a trégua ao disparar foguetes Ao longo de sete dias, com um acordo considerado frágil, foram libertadas 110 pessoas da Faixa de Gaza. Os combates recomeçaram em 1º de dezembro, com a alegação de Israel de que o Hamas havia violado a trégua ao disparar foguetes (Hamas/via AFP - 26.11.2023)

A guerra já se tornou o conflito mais longo na Faixa de Gaza em décadas. Netanyahu se mantém firme na promessa que fez, de cumprir três objetivos: resgatar os reféns, eliminar o Hamas e garantir que o território não represente mais uma ameaça à segurança israelense — A guerra já se tornou o conflito mais longo na Faixa de Gaza em décadas. Netanyahu se mantém firme na promessa que fez, de cumprir três objetivos: resgatar os reféns, eliminar o Hamas e garantir que o território não represente mais uma ameaça à seguran... A guerra já se tornou o conflito mais longo na Faixa de Gaza em décadas. Netanyahu se mantém firme na promessa que fez, de cumprir três objetivos: resgatar os reféns, eliminar o Hamas e garantir que o território não represente mais uma ameaça à segurança israelense (Ammar Awad/Reuters - 12.12.2023)

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