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Guerra civil na Síria: veja a cobertura completa

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Síria vive novo drama com número recorde de crianças mortas e volta de epidemias, revelam relatórios

Unicef e MSF apontam dificuldades para ajuda humanitária, na guerra que já dura seis anos

Internacional|Do R7

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A Unicef e a ONG MSF (Médicos Sem Fronteiras) divulgaram relatórios nesta semana, a respeito dos seis anos de guerra civil na Síria, que se iniciaram em janeiro de 2011. Para as duas instituições, o drama permanece no país ainda em conflito
Em documento divulgado nesta segunda (13), a Unicef afirma que 2016 foi o mais fatal para as crianças, com 652 mortes, 20% a mais do que em 2015, sendo 255 em regiões próximas a escolas. O relatório mostra ainda que assassinatos, mutilações e recrutamentos de crianças aumentaram muito desde 2015. A situação, de acordo com a Unicef, chegou ao "fundo do poço"
A entidade alerta para o fato de que quase 6 milhões de crianças dependem agora de ajuda humanitária, 12 vezes mais do que em 2012, quando a guerra fez um ano. Cerca de metade desse total de crianças vive em regiões de difícil acesso. E o número de menores refugiados que estão na Turquia, Líbano, Jordânia, Egito e Iraque passa de 2,3 milhões
Já a MSF, em relatório divulgado nesta terça (14), alerta para a cada vez maior dificuldade de acesso a pessoas que necessitam de tratamento dentro da zona de conflito. A instituição diz estar se desdobrando e descentralizando o atendimento, com o uso de tecnologia sempre que possível, para alcançar essas pessoas
Muitas delas inclusive já passaram da situação emergencial. Mas, o que é lamentável, elas acabam tendo os seus casos novamente agravados em função da falta de atendimento, algo que a MSF quer contornar para chegar a essas pessoas
Da Unicef, Geert Cappelaere, diretor regional do Unicef para o Oriente Médio e norte da África, descreve a situação como extremamente preocupante. Os números divulgados podem estar até abaixo do real, já que foram contabilizados apenas os registros formais de morte e a Unicef acredita que mais de 850 crianças podem ter sido mortas no ano passado
— O nível de sofrimento e riscos é sem precedentes. Millhares de crianças na Síria são alvos de ataques diários
O drama tem atingido a população como um todo e a MSF na Síria tem buscado aprimiorar estratégias para lidar com as barreiras imposta pela guerra, onde cidades estão sitiadas e a população fica muitas vezes isolada em meio à troca de tiros e bombardeiros. O método inicial foram os programas médicos implementados diretamente
À medida que o conflito aumentava e o acesso de quem vinha de fora foi drasticamente reduzido, uma parte muito maior do apoio da MSF tornou-se indireta, através do fornecimento de medicamentos, suprimentos e apoio às instalações médicas locais, incluindo a facilitação de referências médicas
Sírios carregam corpos de civis ate um hospital de Aleppo, no norte da Síria, que ficaram feridos após ataques da força aérea do país, que defende o presidente Bashar al Assad
Algumas das respostas a MSF já conseguiu encontrar. Por exemplo, descobriu que doenças erradicadas há muito tempo voltaram em função do conflito. É o caso da polio. Também houve aumento maciço dos casos de trauma agudo, assim como emergiram novas epidemias de sarampo, além da desnutrição
Além disso, muitas vezes prevalece a necessidade de pacientes e cuidadores minimizarem o tempo gasto em instalações de saúde ameaçadas por ataques. Isso altera de maneira desconfortável a forma de atendimento, com a necessidade de se improvisar procedimentos fora do padrão, principalmente em relação a cuidados pós-operatórios e hospitalares
Outra dificuldade com que o MSF tenta lidar diz respeito à transferência de pacientes para países vizinhos, que, com a violência, se tornou mais restrita
Também situações não emergenciais, mas importantes fatores de prevenção, como vacinas, planejamento familiar, cuidados de saúde mental e cuidados de rotina para doenças crônicas deixaram de ser acessíveis para muitos
Situações fora do padrão de atendimento são constantes desafios para o MSF. Um deles é conseguir o equilíbrio entre os melhores cuidados médicos disponíveis e a realidade do que é possível neste contexto
Casos de queimadura, por exemplo, têm sido tratados com dificuldade, em função da necessidade de o paciente ser observado por mais tempo, em um cenário sob permanente ameaça de bombardeio
Uma das maneiras de o MSF chegar aos locais, de forma mais descentralizada, é a busca de parcerias mais profundas, em que a qualidade dos cuidados prestados possa ser monitorada e melhorada. Tal conduta já está sendo adotada pela ONG
Para a Unicef e a MSF, o alcance das pessoas é o mais importante. A luta é alcançar para que elas tenham acesso aos cuidados, inclusive crianças, muitas perdidas pelo país. Metade da população jovem já foi forçada a deixar seus lares, segundo a Unicef
O sangrento conflito sírio foi inspirado pela Primavera Árabe, em um movimento construtivo para tirar do poder no Oriente Médio governos ditatoriais, centralizadores e causadores de enorme desigualdade. Na Síria, Bashar al-Assad está há 17 anos no poder ONU planeja reconstrução da Síria após guerras no país 
Decidido a não deixar o cargo, ele partiu para um endurecimento contra a oposição, temendo inclusive retaliações caso perdesse força, por ser da minoria alauita. Isso gerou um conflito sangrento, vácuo político em muitas regiões e fortalecimento de grupos terroristas, como o EI (Estado Islâmico) Conheça o R7 Play e assista a todos os programas da Record na íntegra!

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A Unicef e a ONG MSF (Médicos Sem Fronteiras) divulgaram relatórios nesta semana, a respeito dos seis anos de guerra civil na Síria, que se iniciaram em janeiro de 2011. Para as duas instituições, o drama permanece no país ainda em conflito
Em documento divulgado nesta segunda (13), a Unicef afirma que 2016 foi o mais fatal para as crianças, com 652 mortes, 20% a mais do que em 2015, sendo 255 em regiões próximas a escolas. O relatório mostra ainda que assassinatos, mutilações e recrutamentos de crianças aumentaram muito desde 2015. A situação, de acordo com a Unicef, chegou ao "fundo do poço"
A entidade alerta para o fato de que quase 6 milhões de crianças dependem agora de ajuda humanitária, 12 vezes mais do que em 2012, quando a guerra fez um ano. Cerca de metade desse total de crianças vive em regiões de difícil acesso. E o número de menores refugiados que estão na Turquia, Líbano, Jordânia, Egito e Iraque passa de 2,3 milhões
Já a MSF, em relatório divulgado nesta terça (14), alerta para a cada vez maior dificuldade de acesso a pessoas que necessitam de tratamento dentro da zona de conflito. A instituição diz estar se desdobrando e descentralizando o atendimento, com o uso de tecnologia sempre que possível, para alcançar essas pessoas
Muitas delas inclusive já passaram da situação emergencial. Mas, o que é lamentável, elas acabam tendo os seus casos novamente agravados em função da falta de atendimento, algo que a MSF quer contornar para chegar a essas pessoas
Da Unicef, Geert Cappelaere, diretor regional do Unicef para o Oriente Médio e norte da África, descreve a situação como extremamente preocupante. Os números divulgados podem estar até abaixo do real, já que foram contabilizados apenas os registros formais de morte e a Unicef acredita que mais de 850 crianças podem ter sido mortas no ano passado
— O nível de sofrimento e riscos é sem precedentes. Millhares de crianças na Síria são alvos de ataques diários
O drama tem atingido a população como um todo e a MSF na Síria tem buscado aprimiorar estratégias para lidar com as barreiras imposta pela guerra, onde cidades estão sitiadas e a população fica muitas vezes isolada em meio à troca de tiros e bombardeiros. O método inicial foram os programas médicos implementados diretamente
À medida que o conflito aumentava e o acesso de quem vinha de fora foi drasticamente reduzido, uma parte muito maior do apoio da MSF tornou-se indireta, através do fornecimento de medicamentos, suprimentos e apoio às instalações médicas locais, incluindo a facilitação de referências médicas
Sírios carregam corpos de civis ate um hospital de Aleppo, no norte da Síria, que ficaram feridos após ataques da força aérea do país, que defende o presidente Bashar al Assad
Algumas das respostas a MSF já conseguiu encontrar. Por exemplo, descobriu que doenças erradicadas há muito tempo voltaram em função do conflito. É o caso da polio. Também houve aumento maciço dos casos de trauma agudo, assim como emergiram novas epidemias de sarampo, além da desnutrição
Além disso, muitas vezes prevalece a necessidade de pacientes e cuidadores minimizarem o tempo gasto em instalações de saúde ameaçadas por ataques. Isso altera de maneira desconfortável a forma de atendimento, com a necessidade de se improvisar procedimentos fora do padrão, principalmente em relação a cuidados pós-operatórios e hospitalares
Outra dificuldade com que o MSF tenta lidar diz respeito à transferência de pacientes para países vizinhos, que, com a violência, se tornou mais restrita
Também situações não emergenciais, mas importantes fatores de prevenção, como vacinas, planejamento familiar, cuidados de saúde mental e cuidados de rotina para doenças crônicas deixaram de ser acessíveis para muitos
Situações fora do padrão de atendimento são constantes desafios para o MSF. Um deles é conseguir o equilíbrio entre os melhores cuidados médicos disponíveis e a realidade do que é possível neste contexto
Casos de queimadura, por exemplo, têm sido tratados com dificuldade, em função da necessidade de o paciente ser observado por mais tempo, em um cenário sob permanente ameaça de bombardeio
Uma das maneiras de o MSF chegar aos locais, de forma mais descentralizada, é a busca de parcerias mais profundas, em que a qualidade dos cuidados prestados possa ser monitorada e melhorada. Tal conduta já está sendo adotada pela ONG
Para a Unicef e a MSF, o alcance das pessoas é o mais importante. A luta é alcançar para que elas tenham acesso aos cuidados, inclusive crianças, muitas perdidas pelo país. Metade da população jovem já foi forçada a deixar seus lares, segundo a Unicef
O sangrento conflito sírio foi inspirado pela Primavera Árabe, em um movimento construtivo para tirar do poder no Oriente Médio governos ditatoriais, centralizadores e causadores de enorme desigualdade. Na Síria, Bashar al-Assad está há 17 anos no poder ONU planeja reconstrução da Síria após guerras no país 
Decidido a não deixar o cargo, ele partiu para um endurecimento contra a oposição, temendo inclusive retaliações caso perdesse força, por ser da minoria alauita. Isso gerou um conflito sangrento, vácuo político em muitas regiões e fortalecimento de grupos terroristas, como o EI (Estado Islâmico) Conheça o R7 Play e assista a todos os programas da Record na íntegra!

A Unicef e a ONG MSF (Médicos Sem Fronteiras) divulgaram relatórios nesta semana, a respeito dos seis anos de guerra civil na Síria, que se iniciaram em janeiro de 2011. Para as duas instituições, o drama permanece no país ainda em conflito

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