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Terra de contrastes: série de fotos quebra mitos sobre o modo de vida no Irã

Imagens mostram que rotina de famílias no país é uma das melhores do Oriente Médio

Internacional|Do R7

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Após combater terroristas no Afeganistão e derrubar Saddam Hussein no Iraque, o governo americano voltou seus esforços para desestabilizar o Irã, país governado pelos aiatolás, líderes xiitas considerados radicais. Na retórica americana, o Irã é um país que reprime sua população, desenvolve armas nucleares para destruir Israel e representa uma ameaça aos outros países da região, como a Arábia Saudita e suas reservas gigantescas de petróleo
Mas, será que o discurso americano representa a verdade? Os iranianos são esmagados por um governo radical igual ao Taleban, do Afeganistão? O fotógrafo Farhad Berahman, nascido no Irã e atualmente morando em Londres, fez uma série de fotos no país, intitulada País das Maravilhas do Irã ("Wonderland of Iran", no original, uma referência à história de Alice), justamente para tentar mostrar com mais imparcialidade como vivem os iranianos
A ideia da série era mostrar um lado diferente do Irã, principalmente para os ocidentais, acostumados apenas aos discursos inflamados do ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad, e ao sistema judicial do país, que ainda trata as mulheres de forma inferior aos homens. O resultado são imagens que mostram a secularização gradativa do país, com políticas cada vez mais moderadas, jovens mais ocidentais e com mais opções de diversão
É uma diferença grande em relação à Arábia Saudita, principal aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio, que vive sob o peso de uma monarquia absolutista e familiar, sem poder legislativo ou Constituição. Todas as leis são derivadas da Sharia Islâmica, e as demais regras são determinadas pelo rei. Só em 2005 foram realizadas as primeiras eleições municipais no país (Na imagem, uma vista aérea noturna de Teerã, capital do Irã)
Por outro lado, o Irã possui um presidente eleito, que exerce diversos poderes (apesar de ser supervisionado pela autoridade máxima do país, atualmente o Aiatolá Ali Khamenei, no cargo por tempo vitalício), um órgão legislativo unicameral e um texto constitucional
O Irã também possui uma tradição persa que, diferente da maioria dos países árabes, é menos rígida, além de possuir fortíssimas raízes culturais. Mesmo que o álcool e as baladas sejam proibidas, autoridades fazem vista grossa se esses eventos forem feitos dentro de casa e sem incomodar aos vizinhos
Apesar dos principais canais de TV serem estatais e as antenas parabólicas proibidas por lei, o governo releva a presença delas no teto das casas
Apesar dos principais canais de TV serem estatais e as antenas parabólicas proibidas por lei, o governo releva a presença delas no teto das casas
Obrigadas a vestir lenços no cabelo, as mulheres arrumaram maneiras de tornar a regra algo mais razoável, e investiram em lenços menores e mais coloridos, muito diferentes das burcas afegãs ou o chador árabe, uma veste negra que deixa apenas os olhos de fora. As iranianas também capricham na maquiagem e nas roupas
Até pouco tempo, as mulheres eram completamente proibidas de estudar na Arábia Saudita, e atualmente só o podem fazer com permissão estrita de um parente homem. Também não podem dirigir e só participam minimamente do mercado de trabalho. Trabalhar antes de casar, nem pensar
No Irã, desde 2001, mais de 60% das estudantes são mulheres, onde frequentam todos os tipos de cursos e têm acesso às artes (a poesia e o cinema iraniano são famosos mundialmente)
Lá também é possível se divorciar, o que é completamente proibido na maioria dos outros países islâmicos. Também conta com amplo acesso a Internet (cada vez menos controlada pelo governo)

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Após combater terroristas no Afeganistão e derrubar Saddam Hussein no Iraque, o governo americano voltou seus esforços para desestabilizar o Irã, país governado pelos aiatolás, líderes xiitas considerados radicais. Na retórica americana, o Irã é um país que reprime sua população, desenvolve armas nucleares para destruir Israel e representa uma ameaça aos outros países da região, como a Arábia Saudita e suas reservas gigantescas de petróleo
Mas, será que o discurso americano representa a verdade? Os iranianos são esmagados por um governo radical igual ao Taleban, do Afeganistão? O fotógrafo Farhad Berahman, nascido no Irã e atualmente morando em Londres, fez uma série de fotos no país, intitulada País das Maravilhas do Irã ("Wonderland of Iran", no original, uma referência à história de Alice), justamente para tentar mostrar com mais imparcialidade como vivem os iranianos
A ideia da série era mostrar um lado diferente do Irã, principalmente para os ocidentais, acostumados apenas aos discursos inflamados do ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad, e ao sistema judicial do país, que ainda trata as mulheres de forma inferior aos homens. O resultado são imagens que mostram a secularização gradativa do país, com políticas cada vez mais moderadas, jovens mais ocidentais e com mais opções de diversão
É uma diferença grande em relação à Arábia Saudita, principal aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio, que vive sob o peso de uma monarquia absolutista e familiar, sem poder legislativo ou Constituição. Todas as leis são derivadas da Sharia Islâmica, e as demais regras são determinadas pelo rei. Só em 2005 foram realizadas as primeiras eleições municipais no país (Na imagem, uma vista aérea noturna de Teerã, capital do Irã)
Por outro lado, o Irã possui um presidente eleito, que exerce diversos poderes (apesar de ser supervisionado pela autoridade máxima do país, atualmente o Aiatolá Ali Khamenei, no cargo por tempo vitalício), um órgão legislativo unicameral e um texto constitucional
O Irã também possui uma tradição persa que, diferente da maioria dos países árabes, é menos rígida, além de possuir fortíssimas raízes culturais. Mesmo que o álcool e as baladas sejam proibidas, autoridades fazem vista grossa se esses eventos forem feitos dentro de casa e sem incomodar aos vizinhos
Apesar dos principais canais de TV serem estatais e as antenas parabólicas proibidas por lei, o governo releva a presença delas no teto das casas
Apesar dos principais canais de TV serem estatais e as antenas parabólicas proibidas por lei, o governo releva a presença delas no teto das casas
Obrigadas a vestir lenços no cabelo, as mulheres arrumaram maneiras de tornar a regra algo mais razoável, e investiram em lenços menores e mais coloridos, muito diferentes das burcas afegãs ou o chador árabe, uma veste negra que deixa apenas os olhos de fora. As iranianas também capricham na maquiagem e nas roupas
Até pouco tempo, as mulheres eram completamente proibidas de estudar na Arábia Saudita, e atualmente só o podem fazer com permissão estrita de um parente homem. Também não podem dirigir e só participam minimamente do mercado de trabalho. Trabalhar antes de casar, nem pensar
No Irã, desde 2001, mais de 60% das estudantes são mulheres, onde frequentam todos os tipos de cursos e têm acesso às artes (a poesia e o cinema iraniano são famosos mundialmente)
Lá também é possível se divorciar, o que é completamente proibido na maioria dos outros países islâmicos. Também conta com amplo acesso a Internet (cada vez menos controlada pelo governo)

Após combater terroristas no Afeganistão e derrubar Saddam Hussein no Iraque, o governo americano voltou seus esforços para desestabilizar o Irã, país governado pelos aiatolás, líderes xiitas considerados radicais. Na retórica americana, o Irã é um pa...

Após combater terroristas no Afeganistão e derrubar Saddam Hussein no Iraque, o governo americano voltou seus esforços para desestabilizar o Irã, país governado pelos aiatolás, líderes xiitas considerados radicais. Na retórica americana, o Irã é um país que reprime sua população, desenvolve armas nucleares para destruir Israel e representa uma ameaça aos outros países da região, como a Arábia Saudita e suas reservas gigantescas de petróleo

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