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Malala Yousafzai nega ser fantoche nas mãos do Ocidente

Jovem também ressaltou o problema da educação na Síria, devastada pela guerra

Internacional|Do R7

A vida de Malala mudou no dia 9 de outubro de 2012, quando um taleban atirou em sua cabeça, no Vale do Swat
A vida de Malala mudou no dia 9 de outubro de 2012, quando um taleban atirou em sua cabeça, no Vale do Swat Frank Franklin II/ASSOCIATED PRESS

Malala Yousafzai, a jovem que sobreviveu a uma tentativa de assassinato por parte dos talebans há um ano, negou neste domingo (13) as acusações segundo as quais teria se convertido em uma "personalidade do Ocidente" e afirmou estar orgulhosa de ser paquistanesa.

Perguntada pela BBC sobre se havia se convertido, desde seu ataque, em uma personalidade do Ocidente e agora em uma ocidental, Malala Yousafzai negou os rumores.

— Meu pai diz que a educação não é nem do Oriente, nem do Ocidente. A educação é a educação e ponto final: é o direito de todos. As pessoas no Paquistão me apoiam. Não me considero uma Ocidental, sou uma filha do Paquistão e estou muito orgulhosa de ser paquistanesa. No dia em que atiraram contra mim e no dia seguinte, as pessoas seguravam cartazes nos quais estava escrito "Sou Malala". Não disseram "Sou taleban". Elas me apoiam e me encorajam a seguir adiante, a continuar com minha campanha a favor da educação das meninas.

A vida da adolescente mudou no dia 9 de outubro de 2012, quando um taleban atirou em sua cabeça, no Vale do Swat, região do noroeste paquistanês na qual os insurgentes impuseram sua lei entre 2007 e 2009.


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A jovem Malala, que havia denunciado as atuações dos talebans naquela época, sobreviveu por pouco a este atentado e foi transferida à Inglaterra para ser operada. Vive desde então no Reino Unido, ganhou muitos prêmios e se converteu em uma estrela internacional, mas seus opositores no Paquistão a criticam, acusando-a de ter se convertido em um fantoche do Ocidente.

A jovem de 16 anos também ressaltou neste domingo o problema da educação na Síria, devastada por um sangrento conflito, fazendo referência ao fundo que leva seu nome em favor da educação das meninas


— Queremos ajudar, na medida do possível, as crianças de todos os países. Vamos começar por Paquistão, Afeganistão e Síria no momento, porque ali é onde mais sofrem.

Malala também reiterou seu desejo de se converter um dia em uma política.

— Mais tarde quero fazer política, quero ser uma líder e levar uma mudança ao Paquistão. Quero ser uma mulher política no Paquistão porque não desejo me converter em uma política de um país desenvolvido.

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