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Número de deslocados na Ucrânia chega a 34 mil, diz ONU

Organização também denunciou ações de “assédio” e “perseguições” visando os tártaros

Internacional|Do R7, com Agência Brasil

O número de deslocados na Ucrânia atingiu 34 mil, indicou nesta segunda-feira (16) a ONU (Organização das Nações Unidas). De acordo com a organização, no entanto, apenas 19 mil foram identificados por funcionários da ONU.

“Em termos gerais, a estimativa é 34 mil deslocados”, disse o porta-voz do gabinete da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários, Jens Laerke, em Genebra.

Desse número total, 19 mil deslocados foram identificados e são provenientes da Crimeia e da região Leste da Ucrânia, informou Laerke.

“Também temos relatos críves que dão conta de movimentações nas províncias de Donetsk e Lugansk [ambas no Leste do país], mas não temos pessoas no terreno”, afirmou a responsável para as questões humanitárias da ONU, Valerie Amos, em uma coletiva de imprensa.


Valerie Amos disse ainda que relatos informam que há 15 mil pessoas originárias de Slaviansk, na região de Donetsk.

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Em meados de maio, o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) admitiu a existência no território ucraniano de cerca de 10 mil deslocados, a maioria tártaros provenientes da República Autônoma da Crimeia. Em março, os tártaros — comunidade de tradição muçulmana com cerca de 300 mil pessoas — boicotaram massivamente o referendo sobre a anexação da Crimeia à Rússia.


Nas últimas semanas, a ONU tem denunciado ações de “assédio” e “perseguições” visando os tártaros da Crimeia, o que contrariou autoridades russas.

Donetsk e a região vizinha de Lugansk declararam independência da Ucrânia no dia 11 de maio, depois de referendos cuja legitimidade é questionada pela capital ucraniana, Kiev, e pelos seus aliados ocidentais - como a União Europeia e os Estados Unidos.

A ofensiva militar lançada pelo Exército ucraniano no dia 13 de abril para recuperar o controle do Leste separatista — região industrial com uma população de 7 milhões de pessoas — provocou até o momento mais de 370 mortos, entre civis e combatentes de ambos os lados.

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