A ONU confirmou que 43 "boinas azuis" foram detidos nesta quinta-feira (28) por um "grupo armado" nas Colinas de Golã, enquanto outros 81 agentes estão impedidos de se deslocar na mesma região.
Embora não tenha identificado o grupo armado, o escritório de imprensa da ONU ressaltou que os soldados fazem parte da Força das Nações Unidas de Observação da Separação nas Colinas de Golã (Undof, na sigla em inglês), que atua nesse lugar fronteiriço entre a Síria e Israel.
"A ONU está fazendo todos os esforços para garantir a libertação dos 'boinas azuis' detidos e restabelecer a total liberdade de movimentos da força em sua área de operação", assegurou o órgão em uma nota oficial.
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Os problemas enfrentados pelos "boinas azuis" vêm à tona "durante um período de aumento dos combates" na região entre "elementos armados" não identificados pela ONU e forças do Exército Sírio.
De acordo com a fonte, os 43 soldados foram detidos nas proximidades da cidade de Al Qunaytirah, enquanto os outros 81 tiveram "suas posições restringidas" nos arredores de Ar Ruwayhinah e Burayqah.
A nota oficial não identifica a nacionalidade dos "boinas azuis" que foram capturados e nem o grupo armado responsável pela ação.
No entanto, a ONU lembra que, em março de 2013, um número não determinado de soldados da mesma força de paz foi detido por "elementos armados", o qual foi libertado apenas em maio deste ano sem qualquer tipo de dano.
A Undof foi criada no dia 31 de maio de 1974 para supervisionar o acordo da Síria e Israel em relação à retirada das Colinas de Golã e acompanhar o cessar-fogo estipulado entre ambas as partes.
No entanto, recentemente, seu mandato foi estendido por seis meses, até o dia 31 de dezembro deste ano. Desta forma, no final de julho, a força de paz era composta por 1.223 soldados de seis países (Fiji, Índia, Irlanda, Nepal, Holanda e Filipinas).
Os "boinas azuis" ou "capacetes azuis" são soldados que atuam em diversas partes do mundo em missões de paz da ONU. Em 1948, foi criada a primeira força de paz, a Organização da ONU de Supervisão da Trégua (UNTSO) no Oriente Médio, em funcionamento até os dias de hoje.
Desde então, a ONU criou um total de 69 missões, das quais, 17 ainda estão em andamento. As missões contam com a ajuda de cerca de 100 mil pessoas, incluindo tropas, observadores militares e voluntários.
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