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Operadora de Fukushima admite que precisa de ajuda estrangeira para administrar crise nuclear

Nesta semana, autoridades elevaram o nível de risco de contaminação por radiação na região

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Representantes da NRA (Autoridade de Regulação Nuclear do Japão) visitaram na sexta-feira (23) a central de Fukushima
Representantes da NRA (Autoridade de Regulação Nuclear do Japão) visitaram na sexta-feira (23) a central de Fukushima

O vice-presidente da Tepco (Tokyo Electric Power Co.) — empresa responsável pela operação das usinas nucleares em Fukushima (Japão) —, Zengo Aizawa, afirmou nesta semana que outros países devem auxiliar os japoneses no processo de estabilização dos reatores atingidos pelo terremoto de 2011. 

— Precisamos de apoio, não só do governo japonês, mas da comunidade internacional para fazer este trabalho.

A declaração ocorreu no momento em que a NRA (Autoridade de Regulação Nuclear do Japão) elevou o índice de periculosidade de contaminação na região para o grau 3, o mais alto desde o terremoto em 2011.

De acordo com Aizawa, outras nações podem contribuir com experiências anteriores similares.


— Muitos outros países fora já tiveram que desmontar seus reatores. Por isso, espero que possamos consultá-los mais e utilizar assim suas experiências.

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A crise nuclear do Japão esta semana se deteriorou a seu pior nível desde que um forte terremoto seguido de tsunami avariou a usina mais de dois anos atrás.

A Tepco informou que um tanque de retenção de água altamente contaminada havia vazado 300 toneladas de líquido radioativo.


Os problemas levaram o governo japonês e sua instituição reguladora nuclear (NRA) a afirmar que ficariam mais diretamente envolvidos na limpeza de Fukushima, ao invés de deixá-la por conta da operadora.

O incidente desta semana foi o quinto e mais grave vazamento no mesmo tipo de tanque. Até a vizinha China expressou preocupação com os contínuos vazamentos.

Há em Fukushima 350 tanques de retenção de água radioativa, usados para resfriar as barras de combustível. A planta está rapidamente ficando sem espaço.

A Tepco disse na quinta-feira (22) que novos pontos de alta radiação tinham sido encontrados perto dos tanques de armazenamento, aumentando o receio de novos vazamentos.

Visita técnica

Representantes da NRA visitaram na sexta-feira (23) a central de Fukushima para revisar o tanque do qual vazou as cerca de 300 toneladas de água muito contaminada.

A delegação, da qual fez parte o comissário Toyoshi Fuketa, visitou o local depois que o presidente da NRA, Shunichi Tanaka, se mostrou preocupado sobre a possibilidade de que contêineres similares ao que sofreu o vazamento comecem também a perder água.

A Tepco realizou na última sexta-feira em Tóquio uma cerimônia em memória de Masao Yoshida, diretor da usina na época do tsunami, que morreu aos 58 anos vítima de um câncer em julho passado.

Do memorial em homenagem a Yoshida — que permaneceu em seu posto na unidade após ser decretado o alarme de vazamento de radiação e que é considerado um dos "heróis" da crise de Fukushima —, também participou o atual primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o ex-chefe de governo, Naoto Kan. 

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