Em pronunciamento na cidade de Pequim, na China, o presidente russo Vladimir Putin afirmou nesta segunda-feira (15) que é contrário ao desenvolvimento de armas nucleares por parte de qualquer país, mas ponderou que o mundo deve dialogar com a Coreia do Norte — e não ameaçá-la. As informações são da agência Reuters.
Após teste de míssil, EUA e UE condenam governo de Pyongyang
Putin reforçou que os testes nucleares promovidos por Pyongyang nas últimas semanas são inaceitáveis e reiterou a importância de uma solução pacífica para as tensões na península coreana.
— Somos categoricamente contrários à expansão dos testes com armas nucleares envolvendo a península coreana e a Coreia do Norte. Mas ao mesmo tempo, entendemos que o mundo tem observado recentemente vários flagrantes da violação de direitos e leis internacionais, com incursões de certos países a territórios estrangeiros e mudanças de regimes que culminaram em tais corridas armamentistas.
Embora não tenha citado nenhuma nação em específico, o presidente russo já criticou repetidas vezes, no passado, as operações militares dos Estados Unidos em países como Iraque, Líbia e Síria.
Teste bem-sucedido
No último domingo (14), a Coreia do Norte realizou um novo teste com míssil — que, de acordo com oficiais da Coreia do Sul, voou 700 km e atingiu uma altitude de mais de 2.000 km, caindo a cerca de 400 km da costa norte-coreana, no Mar do Japão. Sobre o incidente, Putin afirmou: "Não representa nenhuma ameaça direta a nós, mas piora a situação de conflito e não há nada de positivo sobre isso".
A KCNA (Korean Central News Agency), central oficial de notícias da Coreia do Norte, veiculou comunicado dizendo que o projétil lançado no domingo é capaz de carregar uma grande ogiva nuclear. De acordo com especialistas consultados pela CNN, rede de notícias norte-americana, este último teste com míssil foi o mais bem-sucedido da história de Pyongyang, com um nível de performance nunca antes visto.