Os resultados definitivos das eleições gerais na Itália mostram um empate entre as principais forças políticas do país, além da falta de uma maioria na Câmara dos Deputados e no Senado para governar.
A coalizão de centro-direita do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que as pesquisas apontavam como a possível grande derrotada dessas eleições, surpreendeu os analistas e conquistou a maioria relativa no Senado com 112 senadores.
Partido de Berlusconi surpreende e conquista maioria relativa no Senado, diz secretário
Neve e protesto contra Berlusconi marcam primeiras eleições de inverno da Itália
Feministas italianas protestam de topless contra Berlusconi no momento do voto
A bancada de centro-esquerda de Pier Luigi Bersani, tida como a grande favorita, chegou em segundo lugar, com 105 senadores.
Em terceiro lugar, ficou o M5S (Movimento 5 Estrelas), do comediante Beppe Grillo, partido anti-sistema que deterá 64 senadores.
Já o partido do primeiro-ministro Mario Monti, Escolha Cívica, contará com 20 senadores.
O número de senadores necessário para ter a maioria é de 158, uma cota que nenhuma bancada conseguiu alcançar e que leva a Itália para um período de incertezas políticas.
Esses resultados também provocaram uma forte renovação na composição do Parlamento italiano. A grande maioria dos senadores do M5S, por exemplo, estão em sua primeira experiência política.
Por outro lado, políticos que ocuparam as cadeiras da Câmara e do Senado por até trinta anos, como o presidente e o ex-presidente da Câmara, Gianfranco Fini e Pier Ferdinando Casini, respectivamente, não foram reeleitos. Seus partidos, aliados à bancada de Mario Monti, sequer entraram no Parlamento, não tendo alcançado a porcentagem mínima necessária.