Sumiço de Kim Jong-un pode ter relação com a pandemia de covid-19
Fontes do governo da Coreia do Sul dizem que rumores sobre líder norte-coreano são 'fake news' e que ele estaria se protegendo do coronavírus
Internacional|Do R7, com EFE
O receio de que a pandemia do novo coronavírus vitime o líder supremo da Coreia do Norte pode explicar o sumiço de Kim Jong-un nas últimas semanas. A declaração foi feita por autoridades da Coreia do Sul, que monitora de perto a situação no país vizinho.
O ministro sul-coreano da Unificação, Kim Yeon-chul, foi taxativo ao dizer que os rumores sobre a saúde e até a morte do ditador norte-coreano são fake news. "O que podemos ver é um fenômeno de infodemia. Temos meios de inteligência que nos permitem dizer com confiança que não há sinais de nada diferente", disse o ministro durante uma sessão da Comissão de Relações Exteriores do Congresso da Coreia do Sul.
O ministro disse, ainda, acreditar que a ausência de Kim Jong-un de eventos públicos seja uma das medidas norte-coreanas para evitar aglomerações e impedir a disseminação da covid-19 no país, que ainda não registrou oficialmente nenhum caso da doença. Seria também uma maneira de evitar que o ditador tivesse ele mesmo contato com o novo coronavírus.
Ausência em homenagem ao avô
O fato de o líder norte-coreano não ter participado das comemorações do Dia do Sol, tem sido o principal combustível dos rumores sobre o seu estado de saúde. Ele nunca tinha faltado às atividades públicas durante o feriado em que se comemora o nascimento do seu avô e primeiro líder supremo da Coreia do Norte, Kim Il-sung.
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A usual falta de transparência da Coreia do Norte sobre a vida de Kim Jong-un também ajuda a inflar as especulações. Vagões do que supostamente seria o trem particular do ditador foi fotografado por satélites nas proximidades da cidade turística de Wonsan.
As fontes oficiais da Coreia do Sul não comentaram sobre a possível localização atual de Kim Jong-un, apesar de reforçarem de que não há nada errado acontecendo do lado de lá da fronteira.
Para Kim Yeon-chul, ministro sul-coreano, a notícia de que Kim Jong-un teria se submetido a uma cirurgia no coração em um hospital de Hyangsan não tem lógica. "O Centro Médico de Hyangsan é como uma clínica, uma instalação incapaz de sediar uma cirurgia desse porte", disse ele.