José Antônio de Oliveira, de 40 anos, é professor da Escola Municipal de Artes e Ofícios de Pará de Minas, na região central do Estado. Ele dá aulas e produz tapetes e colchas para venda, utilizando a máquina de tear. A diferença entre Oliveira e outros artesãos é que ele não enxerga. Até os 11 anos, o artista conta que teve a visão perfeita. Com a descoberta de uma doença genética nos olhos, médicos alegaram que ele enxergaria até os 13 anos, mas duas cirurgias fizeram com que ele tivesse a visão até 1998, quando completou 25 anos.Homem que nasceu sem braços é chefe de cartório no norte de Minas e exemplo de superaçãoLeia mais notícias no R7 MG Oliveira conta que enxergou pela última vez em maio de 1998 e, em junho do mesmo ano, começou um curso de tear chileno na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Pará de Minas. Hoje, o artesão dá aulas na escola de artes e ofícios, que tem também cursos de pintura em tecido, reciclagem e outras modalidades. Para ter exatidão durante a produção dos tapetes e colchas na máquina de tecelagem, Oliveira grampeou uma fita métrica e consegue saber quantos centímetros cada pedaço de tecido tem. Para posicionar as linhas de acordo com as cores desejadas, ele conta com a ajuda de outras funcionárias da escola. O resto da produção é por conta dele. — Eu encontrei na arte a independência e a inclusão.