Avião cai em ocupação e deixa dois mortos no Vale do Rio Doce
Entre as vítimas está o prefeito de Central de Minas, proprietário da fazenda invadida
Minas Gerais|Do R7
Duas pessoas morreram na queda de um avião no fim da tarde desta terça-feira (14) em Tumiritinga, na região do Vale do Rio Doce. Esse é o quarto acidente aéreo em Minas Gerais em um intervalo de um mês.
De acordo com a Polícia Militar, o avião de pequeno porte caiu em uma área ocupada por integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). O terreno fica a cerca de 6 km do centro do município.
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O prefeito de Central de Minas, Genil Mata da Cruz, está entre as vítimas. Ele pilotava o avião e sobrevoava a própria fazenda quando a aeronave caiu e explodiu ao atingir o solo. O copiloto, Douglas Silva, também morreu.
Segundo informações dos acampados, momentos antes da queda os dois ocupantes do avião jogavam bombas sobre o local. Nos últimos dias, o conflito entre os sem-terra e o proprietário da fazenda ficou mais acirrado.
Na última sexta-feira, tratores blindados se posicionaram em frente ao acampamento e dispararam foguetes. As causas do acidente ainda não foram esclarecidas e serão investigadas pela Polícia Civil. A corporação vai apurar se a aeronave foi abatida por meio de tiros.
Acidentes
No último mês, nove pessoas morreram vítimas de acidentes aéreos no Estado. O mais recente ocorreu no fim de semana, quando um monomotor caiu na zona rural de Divinópolis, na região centro-oeste de Minas Gerais.
Os dois tripulantes da aeronave, que seriam o dono do veículo, identificado apenas como Wanderson, e o piloto, identificado como Charles, não resistiram e morreram.
Em junho, um helicóptero caiu em Ouro Preto, matando três pessoas. Dias antes, um avião de pequeno porte caiu em uma casa em Belo Horizonte. Os três ocupantes morreram na hora. O imóvel, por sorte, estava vazio.
No início do mês passado, em Monte Carmelo, o piloto de um monomotor morreu ao cair em uma fazenda. Sandro Roberto Prass, de 21 anos, chegou a ser retirado com vida do avião, mas morreu antes do socorro chegar. De acordo com os moradores da propriedade, ele trabalhava em Lins, em São Paulo, e tinha ido fazer uma pulverização na região.