Com Exército na contenção, polícia faz barreira no entorno do Mineirão

Cerca de 1.000 militares do Exército Brasileiro estão em Belo Horizonte para coibir tumultos se a situação sair do controle da Polícia Militar durante a Copa das Confederações.

Nesta segunda-feira (17), 12 mil manifestantes seguem da praça Sete, no hipercentro, até o entorno do Mineirão, na região da Pampulha.

Segundo o tenente-coronel Messender, a tropa só pode agir se autorizada pela Presidência da República.

— O Exército é força de contingência, a tropa está de prontidão para um eventual tumulto se a situação sair de controle. A princípio, não podemos atuar, só com autorização da Presidência da República.

As tropas pertencem à 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha de Belo Horizonte (12º Batalhão de Infantaria, 4ª Companhia de Comunicações e 4ª Companhia de Polícia do Exército); de Juiz de Fora (10º Batalhão de Infantaria, 4º Grupo de Artilharia de Campanha, 17º Batalhão Logístico e 35º Pelotão de Polícia do Exército); de São João Del Rei (11º Batalhão de Infantaria de Montanha); de Santos Dumont (4º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada); e de Petrópolis (32º Batalhão de Infantaria).

Protestos

Manifestantes seguem em direção ao estádio, travando as vias do entorno, como a av. Afonso Pena e a rua Rio de Janeiro. A Polícia Militar promtete impedir a chegada dos manifestantes ao Mineirão pela av. Antônio Carlos.

O grupo, formado em sua maioria por jovens sem vinculação partidária, se organizou pelas redes sociais. Cerca de 15 mil confirmaram presença em um dos eventos pelo Facebook. Eles defendem várias bandeiras, como a qualidade do serviço de ônibus, e critica as exigências feitas pela Fifa para a cidade sediar a Copa das Confederações. Próximos ao estádio, estão ainda trabalhadores do Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores de Educação) que se concentram em frente à Igreja de São Francisco de Assis.

Protesto pacífico por falta de ônibus provoca 13 km de congestionamento na BR-040

Outro alvo do protesto é a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por meio do desembargador Carlos Augusto de Barros Levenhagen, que proibiu manifestações que atrapalhassem o trânsito durante a Copa das Confederações e estipulou multa de R$ 500 mil por dia para entidades que desobedecessem a liminar.

Pampulha

Próximo ao Mineirão, cerca de 400 trabalhadores do Sind-Ute se reúnem em protesto pacífico. Eles distribuem rosas brancas e balões amarelos para chamar a atenção de quem passa pelo local.