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Garçom conta detalhes de esquartejamento de empresários em julgamento

Adrian Grigorcea disse que viu o líder do Bando da Degola dançar em cima do corpo da vítima

Minas Gerais|Felipe Rezende, do R7

Vítimas foram torturadas e degoladas em um apartamento do bairro Sion
Vítimas foram torturadas e degoladas em um apartamento do bairro Sion Vítimas foram torturadas e degoladas em um apartamento do bairro Sion

O garçom Adrian Gabriel Grigorcea, julgado nesta segunda-feira (14) por envolvimento na morte de dois empresários no bairro Sion, região centro-sul de Belo Horizonte, deu detalhes do crime durante depoimento no Fórum Lafayette. O norte-americano afirmou que foi ameaçado por Frederico Flores, líder do grupo que ficou conhecido como Bando da Degola.

Adrian confessou que levou uma das vítimas para o apartamento de Flores. O mandante do crime teria ameaçado estuprar a filha dele. Os dois se conheceram no bar onde o norte-americano era garçom, também no bairro Sion.

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O réu contou que viu os empresários com os pés amarrados em um dos quartos do apartamento. Fabiano Ferreira Moura teria sido sufocado até a morte por um policial militar e foi degolado em seguida. Rayder Santos Rodrigues ouviu de Flores que “chegou a hora” e foi esfaqueado.

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O líder do bando, segundo Adrian, dançou em cima do corpo da vítima, que teve os dedos e a cabeça cortados. O garçom disse que tinha medo de Flores, considerado "muito poderoso". Ele teria visto, além dos policiais, delegados e agentes da Polícia Federal na casa dele.

O julgamento do ex-policial André Luiz Bartolomeu, que também seria realizado nesta segunda, foi adiado pelo magistrado atendendo a um pedido do advogado do réu, que cobrou mais tempo para elaborar a defesa do acusado. Bartolomeu será julgado apenas em 29 de janeiro de 2015.

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Outros três integrantes do Bando da Degola já foram julgados pelo assassinato dos empresários, entre eles o líder do grupo, Frederico Flores. Ele foi condenado a 39 anos de prisão por homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado, extorsão, destruição e ocultação dos cadáveres e formação de quadrilha.

Além de Flores, também foram condenados o ex-policial Renato Mozer, que pegou 59 anos de prisão, e o estudante de Direito, Arlindo Soares Lobo, condenado a 44 anos de reclusão. Já em setembro deste ano vão a julgamento o pastor Sidney Eduardo Benjamin e o advogado Luiz Astolfo e, em outubro, será a vez da médica Gabriela Ferreira da Costa.

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Entenda o caso

O Ministério Público denunciou Frederico Flores e outras sete pessoas pelo sequestro, extorsão e assassinato dos empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, entre os dias 10 e 11 de abril de 2010.

Após sequestrar as vítimas e realizar saques e transferências de valores de suas contas, o grupo matou e degolou os empresários em um apartamento no bairro Sion. Em seguida, eles teriam transportado os corpos, no porta-malas do carro de uma das vítimas, até Nova Lima, na Grande BH, onde foram desovados parcialmente incendiados.

De acordo com a denúncia, os empresários estariam envolvidos em estelionato e atividades de contrabando de mercadorias importadas, mantendo em seus nomes várias contas bancárias, de onde eram movimentadas grandes quantias de dinheiro. Mas, as atividades ilícitas chegaram ao conhecimento de Flores, líder do "Bando da Degola", que passou a manifestar o desejo de extorqui-los e obteve ajuda dos demais acusados.

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