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Menino de sete anos quebra o braço e morre em cirurgia

A mãe de Pedro Otávio, de sete anos, afirma que ele entrou "caminhando" para a operação

Minas Gerais|Márcia Costanti, do R7

Polícia Civil aguarda resultado do laudo da morte do menino
Polícia Civil aguarda resultado do laudo da morte do menino Polícia Civil aguarda resultado do laudo da morte do menino

A empregada doméstica Maria Márcia Sales Martins, de 27 anos, de Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha, não consegue encontrar explicações para a morte do filho, Pedro Otávio Martins Silva, de sete anos. O menino morreu no domingo (2), após passar por uma cirurgia no Hospital de Araçuaí, cidade vizinha, para consertar uma fratura no braço. Complicações no procedimento provocaram uma parada cardíaca na criança, que acabou morrendo durante a transferência para uma unidade de saúde de Teófilo Otoni.

O que parecia ser apenas um tombo comum à rotina de qualquer garoto, se transformou em pesadelo na vida da família. Tudo começou no sábado (1º): Pedro brincava com um primo quando caiu e bateu o cotovelo no chão. Inicialmente, ele foi levado para o pronto-socorro de Coronel Murta e, em seguida, encaminhado à unidade de Araçuaí, onde passou por exames. A mãe foi informada sobre a necessidade da intervenção cirúrgia e ressalta que Pedro entrou “andando e brincando” para a operação.

—Ele estava bem, entrou caminhando, não me deu um pingo de trabalho, mas parece que eu já sentia, porque assim que ele entrou, eu me desesperei.

Cerca de quatro horas depois, os médicos chamaram a empregada doméstica para explicar que o menino havia passado mal durante a cirurgia e, mesmo após reanimado, não acordou.

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—Me pediram para entrar e ficar com ele mas, na hora que eu entrei, eu não aguentei, ele tava todo cheio de aparelhos e por mais que eu conversasse com ele, ele não mexia, nem nada.

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Pedro e a mãe entraram em uma ambulância do Samu para seguirem para Teófilo Otoni por volta de 20h. No trajeto, ele sofreu uma nova parada cardíaca e teve a morte constatada pelos médicos. A viagem foi interrompida e os dois foram deixados no Hospital de Itaobim. Abalada, Maria Márcia conta que foi colocada em “um quarto escuro e sozinha” até meia-noite, quando sua família chegou.

Revoltada, ela questiona a cirurgia pela qual o filho passou e afirma que não recebeu detalhes sobre o procedimento. Nenhum dos médicos sequer teria questionado o histórico de saúde da criança.

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—Ninguém falou comigo, me explicou nada. Nem me falaram que ele ia tomar anestesia geral, não levaram ele para fazer algum outro exame. Só uma enfermeira me perguntou se ele era alérgico e eu disse que sim, à Ibuprofeno. Até agora eu não sei o que causou a morte dele, alguma coisa aconteceu.

A Polícia Civil informou que aguarda a liberação do laudo para decidir se será instaurado inquérito para apurar a morte de Pedro. A reportagem do R7 tentou insistentemente entrar em contato com os representes do Hospital de Araçuaí, mas nenhum deles atendeu aos telefonemas para falar sobre o assunto.

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