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Christina Lemos - Blogs

Diplomatas brasileiros reagem: 'Eleição é referência internacional'

Em nota pública, categoria diz que processo eletrônico de votação é 'confiável' e 'indissociável da imagem do Brasil'

Christina Lemos|Do R7


Palácio do Itamaraty
Palácio do Itamaraty

Funcionários públicos pertencentes a carreiras de Estado e subordinados ao chanceler Carlos França, os diplomatas divulgaram nota pública em defesa do processo eletrônico de votação. O documento da ADB (Associação dos Diplomatas Brasileiros), assinado por sua presidente, embaixadora Maria Celina Rodrigues, declara a “plena confiança na Justiça Eleitoral brasileira e no sistema eletrônico de votação”.

A manifestação ocorre na esteira das diversas reações à reunião com mais de 50 embaixadores e diplomatas estrangeiros em missão no Brasil promovida pelo presidente Bolsonaro, na qual ele apresentou suas restrições ao método eletrônico, fez proposta de aferição física do resultado e criticou ministros do STF e do TSE.

Na nota, os diplomatas destacam seu trabalho de cooperação com a Justiça Eleitoral, permitindo o voto de 600 mil eleitores alistados no exterior, em mais de 200 cidades. “Ao longo desse tempo, a diplomacia brasileira testemunhou sempre elevados padrões de confiabilidade que se tornaram referência internacional indissociável da imagem do Brasil como uma das maiores e mais sólidas democracias do mundo”, declaram.

O documento ressalta que o sistema brasileiro tem motivado o interesse da comunidade internacional. “Desde sua implantação, em 1996, o sistema brasileiro de votação eletrônica é objeto de reiteradas demandas de cooperação internacional de transferência de conhecimento e tecnologia”, afirma.


E sai em defesa do sistema eletrônico: “Essa é uma conquista da sociedade brasileira no processo de consolidação de suas instituições democráticas, para a qual a diplomacia nacional muito se orgulha de contribuir no exercício de suas atividades”.

O blog apurou que o convite para o encontro foi enviado pelo Cerimonial da Presidência da República, e não pelo Itamaraty. O documento é assinado, no entanto, pelo diplomata encarregado do Cerimonial, embaixador André Chermont de Lima. O chanceler Carlos França compareceu ao encontro, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

“O presidente foi cortês com todos e está no seu direito de nos expor suas ideias”, declarou um dos embaixadores ouvidos em caráter reservado pelo blog. “Na verdade, esperávamos uma exposição das ideias sobre a futura política externa do Brasil”, completou. “Não acredito que tenha afetado nossa confiança na eleição brasileira, mas ficou claro que ele está se preparando para contestá-la.”

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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