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Premiê de Israel intriga oposição ao trocar ataques por negociações

Nos últimos dias, Benjamin Netanyahu tem ressaltado sua intenção de negociar sem necessitar de guerra

Nosso Mundo|Eugenio Goussinsky, do R7, em Jerusalém (Israel)*

Benjamin Netanyahu defende diálogo em conflito
Benjamin Netanyahu defende diálogo em conflito Benjamin Netanyahu defende diálogo em conflito

A possibilidade de o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, convocar novas eleições, a pedido de alguns ministros, tem deixado a oposição intrigada. Netanyahu tem mostrado habilidade política, segundo a imprensa local, ao fazer mistério em relação aos seus próximos passos.

Afinal, sem perder representatividade como político de direita, ele está conseguindo acuar alguns opositores, ao fazer um discurso que se aproxima do deles. Nos telejornais, nos bares, nas conversas familiares a pergunta é a seguinte: qual a estratégia que Netanyahu tem em mente?

Nos últimos dias, Netanyahu tem ressaltado sua intenção de negociar sem necessitar da guerra. E o cessar-fogo com o Hamas, aceito na última semana, também vem de encontro às aspirações dos opositores.

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Nem por isso, o mandatário recebeu o apoio deles, como disse Dario Teitelbaum, secretário-geral da União Mundial do Meeretz (partido de esquerda), considerada uma sigla apegada às suas convicções, que, no entanto, passou a ter mais dificuldade em criticar a decisão e a nova postura do governante.

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¨Não aprovamos o cessar-fogo de Netanyahu, aceitamos.¨

Teitelbaum ressalta que é uma conjectura a tese de que, para o governo israelense, é mais interessante negociar com o Hamas para impedir a Jihad Islâmica de vencer a disputa pelo controle de Gaza.

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Ambos os grupos disputam a região, mas, segundo especialistas, a Jihad tem o apoio do Irã, o que seria uma ameaça maior para Israel. Teitelbaum pondera:

¨Não é possível dizer que seja isso. O que ocorreu é que Hamas e Jihad realizaram os bombardeios, mas o cessar-fogo só foi negociado e aceito pelo Hamas.¨

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Para ele, que mora a 7 km da fronteira, a situação dos moradores da região é o que mais importa. Assim como a opção por uma solução humanitária.

¨Esta questão não é apenas política e estratégica. O que tem de ser levado em conta é como todo esse conflito tem afetado a vida de quem mora nesta área¨, finaliza.

* O jornalista viajou a convite do Ministério das Relações Exteriores de Israel

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