A Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão contra a ex-primeira dama do Rio, Adriana Ancelmo, na noite desta quinta-feira (23). Ela deixou o apartamento de luxo no Leblon, na zona sul, por volta das 18h30, e foi conduzida por policiais federais à Superintendência da PF, no centro, antes de ingressar no sistema prisional.
Ela deve ser encaminhada para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde também está preso o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
Mais cedo, a maioria dos desembargadores do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) decidiu mandar a mulher de Cabral de volta para a cadeia.
A Justiça aceitou um recurso do MPF (Ministério Público Federal) que pediu a cassação da prisão domiciliar dela por considerar inadequada e desproporcional.
No recurso, os procuradores disseram que o regime domiciliar "representava enorme quebra de isonomia, num universo de milhares de mães presas no sistema penitenciário sem igual benefício", e pediram a volta para a prisão preventiva.
Adriana foi condenada na Operação Calicute a 18 anos de reclusão, por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Em março, sua prisão preventiva foi convertida em domiciliar, e a advogada foi levada para seu apartamento no Leblon, onde cumpria a pena.
Em nota, a defesa de Adriana Ancelmo informou que vai recorrer da decisão com objetivo de restabelecer a prisão domiciliar por ser "legal, justa e humana".