Cerca de 200 policiais participam de uma operação no Complexo do Lins na manhã desta quarta-feira (8). A ação é realizada após o PM Elias Camilo, da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Camarista-Méier, ser atingido na cabeça durante um confronto na última segunda-feira (6). Segundo o último boletim médico, o policial segue internado em estado gravíssimo, porém estável, na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Naval Marcílio Dias.
De acordo com a polícia, a ação desta manhã conta com o apoio de dois helicópteros, e agentes do Batalhão de Choque, Bope (Batalhão de Operações Especiais) e Batalhão de Ações com Cães.
Tiroteios e escolas fechadas
Os tiroteios em favelas no Méier e no Lins, na zona norte do Rio, ocorridos entre a segunda e terça-feira (7) deixaram duas escolas e três creches fechadas na terça, afetando a 1.144 alunos. A região está com policiamento reforçado desde a segunda.
Menos de 24 horas após Elias Camilo ser baleado, um novo confronto voltou a assustar moradores da região, na manhã desta terça-feira (7). De acordo com moradores, o tiroteio era intenso por volta das 9h e havia movimentação de traficantes no Morro do João.
Segundo a CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora), no início da manhã, policiais da UPP São João foram checar uma denúncia sobre a presença de criminosos na localidade conhecida como Cotovelo, no alto da favela, e foram alvo de tiros de criminosos. Os agentes revidaram e os bandidos fugiram.
Durante a ação, disparos foram feitos em direção a uma viatura que passava mais abaixo, na Rua Barão do Bom Retiro, no bairro Engenho Novo. Ainda de acordo com a CPP, ações de varredura eram feitas para buscas os responsáveis pelos disparos.