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Após prisão de jornalistas do Complexo do Alemão, Abraji diz que PMs atentaram contra a liberdade de imprensa

Dois integrantes do Voz da Comunidade foram presos durante cobertura de remoção no Alemão

Rio de Janeiro|Do R7

Equipe do Voz da Comunidade e de outros coletivos fizeram foto em protesto às prisões
Equipe do Voz da Comunidade e de outros coletivos fizeram foto em protesto às prisões Equipe do Voz da Comunidade e de outros coletivos fizeram foto em protesto às prisões

A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) emitiu uma nota repudiando a prisão de dois integrantes do Jornal A Voz da Comunidade, no Complexo do Alemão, zona norte, no último sábado (1º), durante a desocupação da Favelinha da Skol. Na ocasião, agentes da PM prenderam Rene Silva, fundador e editor-chefe do jornal comunitário, e seu irmão, Renato Moura, fotógrafo. A dupla fazia a cobertura da desocupação e foram detidos por desacato e desobediência, segundo a polícia.

Segundo a nota, antes do líder do jornal ser algemado, um PM apreendeu o celular com o qual ele fazia transmissão ao vivo da prisão do irmão. Os dois foram levados para a delegacia do Complexo (45ª DP), mas foram liberados em seguida. Ainda assim, eles vão responder por desobediência civil e invasão de propriedade particular.

Um repórter do jornal O Globo também esteve envolvido na confusão. Segundo a Abraji, ele filmava a ação dos agentes contra a equipe do jornal comunitário quando três PMs atiraram contra ele. O jornalista conseguiu correr e não se feriu.

Segundo a associação, “é extremamente grave que a Polícia Militar do Rio de Janeiro tenha atentado contra a liberdade de imprensa e violentado o direito à informação. O equipamento de um jornalista nunca pode ser apreendido, sob nenhuma hipótese. A vida de um profissional de comunicação não pode ser colocada em risco. São práticas inaceitáveis em um Estado democrático”. O órgão pediu ainda “a identificação dos responsáveis por tais violações e a aplicação da punição adequada. A impunidade apenas serve de endosso a ilegalidades como essas”.

O R7 entrou em contato com a Polícia Militar, que não se manifestou sobre o assunto.

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