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Após protesto em frente à Prefeitura do Rio, garis caminham até a casa de Cabral na zona sul do Rio

Manifestação é em apoio aos funcionários demitidos pela Comlurb

Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil

A avenida Presidente Vargas amanheceu imunda; poucos garis faziam a limpeza nas vias da cidade
A avenida Presidente Vargas amanheceu imunda; poucos garis faziam a limpeza nas vias da cidade A avenida Presidente Vargas amanheceu imunda; poucos garis faziam a limpeza nas vias da cidade

Após protestarem em frente à Prefeitura do Rio no início da tarde desta terça-feira de Carnaval (4), os garis grevistas realizaram, por volta das 17h, uma caminhada contra as 300 demissões de funcionários da Comlurb pela orla da praia do Leblon, zona sul do Rio. Mais de 400 pessoas seguem pela avenida Delfim Moreira, em direção a rua Aristides Espínola, onde mora o governador Sérgio Cabral. Por volta 17h48, a via, na altura da avenida Borges de Medeiros, estava interditada.

Antes de irem para o Leblon, os garis também caminharam na avenida Vieira Souto, em Ipanema. Em ritmo de samba, os garis cantavam “Neste carnaval, o prefeito vai varrer sozinho” e o Hino Nacional. O grupo era observado por foliões que vão acompanhar a Banda de Ipanema. Várias pessoas demonstraram apoio ao protesto, cantando e dançando e aplaudindo.

Na manhã desta terça, centenas de garis saíram da Central do Brasil e caminharam cerca de um quilômetro até a sede da Prefeitura do Rio, onde protestaram contra a decisão da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza) de demitir 300 funcionários que não trabalharam na noite de segunda-feira (3). Eles querem um novo encontro com representantes da prefeitura para negociar nova proposta de ajuste salarial e melhores condições de trabalho, em vez da que foi acordada ontem pelo sindicato e pela Comlurb.

Os grevistas não reconhecem o sindicato como representante da categoria e alegam que as reivindicações da maioria não foram ouvidas pela entidade. Segundo decisão, o salário da categoria terá um aumento de 9%.

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A Comlurb anunciou que demitirá aqueles que não comparecerem ao turno de trabalho nesta terça-feira (4). Hoje já foram demitidos 300 garis que não voltaram ao trabalho na noite de ontem. Com a greve, em alguns bairros, há montanhas de lixo nas calçadas e nos meios-fios.

Participante do protesto, Sandro Romero da Silva recebeu mensagem de texto de celular a notícia da demissão. O texto informa que ele deve procurar a gerência para desligamento. Ele está na greve há 3 dias e trabalha na Comlurb há 11 anos. 

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— Soube de outros que também foram demitidos, mas o grupo está unido e vamos lutar até o fim.

De acordo com a companhia, a demissão está prevista na Cláusula 65 do acordo firmado entre a companhia e o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro. Quem voltou ao trabalho terá os dias parados abonados. 

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Após quatro dias de greve parcial, alguns bairros da cidade estão sujos, com montanhas de lixo nas calçadas e meios-fios. Na região central da cidade, por onde passaram vários blocos ontem, a situação é ainda pior, com forte cheiro de urina e resíduo orgânico.

Durante todo o dia de hoje foram vistos caminhões da Comlurb, mas eram poucos os funcionários limpando as vias em situação mais crítica, por onde passaram foliões no dia anterior.

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