Caso Henry: perito e assistente indicado por defesa de Jairinho são ouvidos nesta quarta (1º)
Sami El Jundi foi convocado por advogados, que consideraram parcial a atuação do responsável pelo laudo de necropsia do menino
Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*
Serão ouvidos nesta quarta-feira (1º), em audiência no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), o perito legista que assinou o laudo de necropsia do menino Henry Borel e um assistente técnico indicado pela defesa de Jairo Santos Souza Júnior, acusado da morte da criança.
Leonardo Huber Tauil é o responsável pelo documento que apontou que Henry havia sofrido 23 lesões na madrugada de sua morte, em 8 de março de 2021. A criança foi vítima de ações contundentes na cabeça e nos rins e morreu em decorrência de uma laceração no fígado, como constatou um laudo complementar.
Já Sami El Jundi foi convocado pelos advogados de Jairinho, que conseguiram na Justiça o adiamento de seu interrogatório, agora marcado para o próximo dia 13.
A defesa do padrasto de Henry considerou que um dos peritos responsáveis pela necropsia do menino havia agido de forma parcial por supostamente ter uma relação de amizade com o delegado que conduzia as investigações sobre o crime.
Os advogados também afirmaram que a necropsia foi feita em desacordo com padrões internacionais e alegaram que provas materiais do caso foram deliberadamente ocultadas da defesa, como um exame de raio X feito por Henry no dia de sua morte.
Jairinho iria prestar depoimento no dia 9 de fevereiro juntamente com a mãe do menino, Monique Medeiros, que também é ré pelo homicídio triplamente qualificado de Henry. No entanto, o ex-vereador se recusou a responder ao interrogatório e solicitou que fossem apresentados o confronto dos peritos, imagens das câmeras de segurança do hospital e do IML bem como exames realizados pela criança.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira