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Operação para desarticular quadrilhas de aborto já tem 57 presos no RJ

Entre os detidos, três médicos, quatro policiais civis, dois policiais militares e um bombeiro

Rio de Janeiro|Do R7

Um médico foi preso em Copacabana, zona sul
Um médico foi preso em Copacabana, zona sul Um médico foi preso em Copacabana, zona sul

A Polícia Civil informou, na tarde desta terça-feira (14), que 57 pessoas haviam sido detidas na operação para cumprir 75 mandados de prisão preventiva contra integrantes de uma organização responsável pela prática de abortos ilegais no Estado do Rio de Janeiro. Dos mandados cumpridos, cinco foram de pessoas já presas. Entre os detidos, havia três médicos, quatro policiais civis, dois policiais militares e um bombeiro. Também houve apreensão de material, como medicamentos e documentos.

Os policiais procuram ainda sete médicos, um falso médico, dois PMs, três advogados e um militar do Exército. A ação também deve cumprir 118 mandados de busca e apreensão.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação durou 15 meses e é a maior já realizada para combater este tipo de crime. O trabalho apontou que a quadrilha se dividia em sete núcleos, que atuavam na capital e na região metropolitana.

Segundo a polícia, grávidas de fora do Estado também eram atendidas pela organização, que atuava em locais sem condições básicas de higiene e salubridade, o que provocava riscos à saúde das pacientes.

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A ação, intitulada Operação Herodes, conta com 430 agentes da Polícia Civil, 70 delegados, 150 viaturas e tem o apoio da CGU (Corregedoria Geral Unificada), da corregedoria interna da Polícia Militar e do Exército brasileiro.

A operação acontece menos de dois meses após Jandira Magdalena, de 27 anos, ser encontrada carbonizada dentro de um carro após procurar uma clínica de aborto, em Campo Grande, na zona oeste do Rio, para interromper uma gravidez de quatro meses. 

Em setembro, Elisângela Barbosa, 32 anos, morreu por complicações em uma tentativa de aborto. Ela foi abandonada na entrada de uma comunidade em Niterói, na região metropolitana, quando traficantes teriam obrigado moradores a levar a vítima para o Hospital Azevedo Lima, onde ela morreu.

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