Pacote de Pezão: Alerj debate aumento da energia e corte de programas sociais nesta terça
Deputados retomam debate de projetos de lei a partir desta terça-feira (22)
Rio de Janeiro|Do R7
A Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) retoma nesta terça-feira (22) os debates sobre o pacote para conter a crise enviado pelo governador Luiz Fernando Pezão. Os deputados vão analisar projetos de lei que propõem o aumento da energia elétrica e o fim de programas sociais.
A previsão é que sejam discutidos seis projetos no mesmo dia. Entre eles, a extinção dos programas Renda Melhor e Renda Melhor Jovem; o aumento de 9% do ICMS na energia elétrica para quem gasta entre 200 kw/h e 300 kw/h e o adiamento para 2020 de aumentos salariais aprovados em 2014, que entrariam em vigor no próximo ano ou no máximo em 2018.
A extinção do Iaserj (Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro) e do IEEA (Instituto Estadual de Engenhaeria e Arquitetura) também estão na ordem do dia.
Ainda esta semana, os parlamentares deverão discutir outros seis projetos. Se as medidas discutidas nesta semana forem aprovadas, o governo fluminense estima economizar ao menos R$ 5,9 milhões.
Prisão de Cabral dificulta aprovação de pacote
A prisão na última quinta-feira (17) do ex-governador Sérgio Cabral, de quem Pezão foi vice, acrescenta um ingrediente explosivo na crise do Estado e deve dificultar ainda mais a aprovação do ajuste fiscal do Executivo fluminense na Alerj. Especialistas dizem acreditar que a prisão de Cabral tem potencial para abalar o partido de Pezão no Rio, tendo em perspectiva que o grupo político aliado ao ex-governador está no poder há dez anos.
Cabral foi preso preventivamente pela PF (Polícia Federal) na Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato que investiga o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do Estado. O peemedebista é suspeito de receber propina em troca da concessão de obras públicas, como a reforma do Maracanã e a construção do Arco Metropolitano. A apuração inicial estima um prejuízo de mais de R$ 220 milhões.