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Polícia Civil faz reconstituição da morte de adolescente durante operação policial em Manguinhos

Christian de Andrade, de 13 anos, morreu por tiro disparado por policial 

Rio de Janeiro|Do R7, com Rede Record

A reconstituição deve durar cerca de quatro horas para entender a dinâmica do tiroteio
A reconstituição deve durar cerca de quatro horas para entender a dinâmica do tiroteio A reconstituição deve durar cerca de quatro horas para entender a dinâmica do tiroteio

A Delegacia de Homicídios faz nesta terça-feira (3) a reconstituição do caso do menino Cristian de Andrade, de 13 anos, morto em setembro por um policial, em Manguinhos, na zona norte. Na ocasião da morte, Christian jogava bola em um campo da comunidade quando foi atingido. Havia uma operação policial em andamento. Logo após o crime, 14 policiais civis que participaram da operação e agentes da UPP da comunidade foram ouvidos, além de representantes da associação de moradores. Segundo parentes e amigos, Christian era um jovem estudioso e participava de projetos sociais na comunidade.

A família de Christian recebeu apoio da Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), com assistência psicológica. Na época, o deputado Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão, criticou a ação policial agressiva. Segundo a Polícia Civil, o menino tinha quatro passagens pela polícia, mas não estaria envolvido com os traficantes que confrontaram os agentes.

A morte de Christian reacendeu, em setembro, o debate sobre a forma como as operações e a conduta dos agentes de segurança interferem na rotina e na vida dos moradores de comunidades do Rio de Janeiro. A pedido do R7, especialistas discutiram mortes como a do menino durantes operações da polícia.

A reconstituição deve durar cerca de quatro horas e deve reproduzir a situação em que o adolescente foi baleado, para entender a dinâmica do tiroteio. Com a conclusão, o Ministério Público apresenta as informações da Divisão de Homícidios ao júri, que deverá julgar o caso. 

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Entenda o caso

A troca de tiros, que resultou na morte de Cristian, ocorreu durante operação de policiais da Core (Coordenadoria de Operações Especiais) da Polícia Civil e da Divisão de Homicídios, com apoio de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) de Manguinhos. Eles buscavam quatro suspeitos de assassinar o policial militar Clayton Dias, de 26 anos, que trabalhava na UPP, em abril, na Ilha do Governador, subúrbio do Rio. Policiais disseram que foram atacados por criminosos ao chegar à comunidade.

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A organização Fórum Social de Manguinhos divulgou uma nota de repúdio à morte do adolescente e creditou o assassinato aos policiais que participaram da ação. "Ele jogava bola, atividade cotidiana para qualquer criança, preta ou branca, na favela ou na zona sul. A diferença é que as crianças brancas da zona sul não precisam correr de policiais, tão pouco das balas que vêm de seus fuzis".

O delegado Rivaldo negou que uma pistola, munição e rádio-transmissor apreendidos pertenciam à vítima. Apesar de, segundo a polícia, Cristian ter quatro anotações criminais — duas por furto e duas por roubo — eles não estava envolvido no confronto e está sendo tradado como vítima.

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