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Polícia prende suspeito de ataque a cinegrafista no Rio

Estado de saúde de Santiago Andrade ainda é grave; ele está sedado no Hospital Souza Aguiar

Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil e Estadão Conteúdo

Fábio Raposo foi preso na casa dos pais, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio
Fábio Raposo foi preso na casa dos pais, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio

Policiais da 17ª Delegacia Policial de São Cristóvão prenderam, na manhã deste domingo (9), no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro, Fábio Raposo, suspeito de participação no ataque ao cinegrafista Santiago Andrade, durante manifestação contra o aumento da passagem de ônibus, na última quinta-feira (6), na Central do Brasil. Os policiais deram cumprimento a mandado de prisão temporária, expedido pela Justiça.

Segundo informação da assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio, Raposo foi localizado na casa dos pais. Ele será levado para a 17ª DP, onde o delegado titular, responsável pelas investigações do caso, Maurício Luciano de Almeida, falará à imprensa sobre a prisão.

Neste sábado (8), Raposo, que foi flagrado em imagens com o artefato explosivo que atingiu o cinegrafista, se apresentou à Delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP). Ele admitiu ser o rapaz identificado nas imagens cedidas aos investigadores pela TV Brasil. Raposo foi indiciado por tentativa de homicídio e pelo crime de explosão mas, de acordo com Almeida, o suspeito negou participação no crime e alegou que achou o artefato no chão e o entregou para um outro homem que teria acendido. 

O suspeito tem histórico de registro em atos violentos em manifestações nas 5ª e 14ª delegacias de polícia do Rio de Janeiro por danos ao patrimônio público, ameaça e formação de quadrilha. A polícia tentará resgatar a página de Raposo nas redes sociais e averiguar seus contatos na intenção de identificar o atirador do rojão. 


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Santiago Andrade continua internado em estado grave. Ele está sedado no Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio. A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) se manifestou sobre o assunto e disse que "repudia ataques como esses a jornalistas. Em 2013, 114 profissionais foram feridos em todo o país durante a cobertura de protestos. É preocupante que 2014 comece com três casos de violência contra jornalistas. Se faz necessária uma apuração célere do ocorrido para que procedimentos sejam revistos e para que o Estado proteja a liberdade de expressão, a liberdade de informação e o jornalista".

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