Polícia vai exumar corpo de jovem que teria sido envenenada por madrasta na quinta-feira (26)
Investigadores querem descobrir se havia alguma substância tóxica no corpo de Fernanda Carvalho, de 22 anos, morta em março
Rio de Janeiro|Do R7, com Felipe Batista, da Record TV Rio
A Polícia Civil vai exumar o corpo de Fernanda Carvalho, de 22 anos, morta em março deste ano, na próxima quinta-feira. O objetivo é tentar identificar a presença de alguma substância tóxica no organismo da jovem. Os investigadores apuram se ela foi envenenada pela madrasta, Cíntia Mariano, que está presa.
Além disso, os investigadores devem ouvir na quarta-feira os médicos do Hospital Albert Schweitzer que atenderam a paciente.
Fernanda, que morava com o pai, passou mal após um jantar. Em um áudio, ela chegou a pedir ajuda ao namorado e relatou o mal-estar. Após 13 dias internada, a jovem sofreu uma parada cardíaca e morreu.
Segundo familiares, a equipe médica não fechou um diagnóstico sobre o caso. Na ocasião, a morte não foi tratada como suspeita e, por isso, o corpo não passou por perícia no IML (Instituto Médico-Legal).
Será solicitado à Justiça acesso aos dados armazenados no celular da madrasta. O delegado Flávio Rodrigues, da 33ª DP (Realengo), considera fundamental para a investigação a análise do conteúdo existente no aparelho apreendido pelos agentes.
"Preciso ver se ela comentou com alguém, se confessou para alguém, se fez pesquisa na internet sobre efeito de veneno, onde comprar", explicou.
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O caso passou a ser investigado após o irmão de Fernanda apresentar, cerca de um mês depois da morte da jovem, sintomas parecidos aos que ela teve, como tontura. O adolescente de 16 anos se sentiu mal após fazer uma refeição na residência do pai. Ele foi internado e conseguiu se recuperar.
Segundo a mãe do adolescente, após o ocorrido, ele relatou ter sentido um gosto amargo no feijão, além de ter visto "bolinhas azuis na comida".
O delegado Flávio Rodrigues, da 33ª DP (Realengo), confirmou que o conteúdo gástrico encontrado no corpo do adolescente foi encaminhado para perícia.
Na casa da madrasta, os agentes apreenderam veneno contra pulgas, que foi enviado para análise.
De acordo com o delegado, os filhos de Cíntia Mariano disseram que ela confessou ter envenenado os enteados. No entanto, a defesa dela negou que a madrasta tenha admitido o crime. Os advogados afirmaram que ainda que vão recorrer da manutenção da prisão temporária.