A Polícia Civil quer fazer buscas na casa da modelo Raquel Santos, que morreu na semana passada após um procedimento estético em Niterói, região metropolitana. Segundo o titular da Delegacia de Jurujuba (79ª DP), Mário Lamblet, o objetivo da busca, que deve ser realizada nesta semana, é recolher o anabolizante para uso animal que ela teria injetado nas pernas, conhecido como Potenay. Os agentes da delegacia também querem encontrar a clínica na Barra da Tijuca, zona oeste, onde ela teria feito um outro procedimento nos glúteos.
Na última quinta-feira (14), a clínica Wagner Moraes Cirurgia Plástica, em São Francisco, Niterói, foi interditada pelo Departamento de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses da Prefeitura de Niterói. No local, foram encontrados medicamentos e insumos vencidos, além de amostras de pele humana armazenadas em geladeira.
A clínica é a mesma em que a modelo Raquel Santos, de 28 anos, passou por um procedimento estético antes de morrer. Na última segunda-feira (11), a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória depois de fazer um preenchimento facial. Ela foi socorrida no Hospital de Icaraí, mas não resistiu.
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A Delegacia de Jurujuba (79ª DP) investiga o caso. Neste sábado (16), houve uma perícia na clínica. Segundo a polícia, o cirurgião já prestou depoimento, testemunhas foram ouvidas e funcionários foram intimados para depor. Agora a delegacia vai pedir o resultado do laudo da perícia realizada pela Vigilância Sanitária.
A unidade aguarda o laudo do IML (Instituto Médico Legal) com a causa da morte e imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas.
Em depoimento, o marido de Raquel Santos afirmou que, na semana anterior à morte, a modelo se submeteu a outros procedimentos. O empresário Gilberto de Azevedo citou que Raquel fez uma aplicação estética no glúteo e concluiu um tratamento dentário de canal.
A modelo Raquel Santos era uma das finalistas do concurso Musa do Brasil. Ela representava o Estado de Mato Grosso.
Em nota, a Prefeitura de Niterói informou que "a clínica está impedida de funcionar até que ele regularize sua documentação junto à Vigilância Sanitária municipal, adequando-se à legislação em vigor".