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Prefeitura do Rio diz que vai demitir líderes da greve do BRT 

Ontem, a Justiça do Trabalho considerou a paralisação ilegal e determinou o retorno imediato de ao menos 80% da frota

Rio de Janeiro|Do R7

A Prefeitura do Rio, por meio da Mobi-Rio — empresa gestora do BRT, informou neste sábado (26) que vai notificar sobre a demissão por justa causa de oito pessoas identificadas como líderes da greve do BRT em razão da ilegalidade do movimento e do não comparecimento ao trabalho.

Ontem, a Justiça do Trabalho considerou a paralisação ilegal e determinou o retorno imediato de ao menos 80% da frota. No entanto, os funcionários não haviam voltado ao trabalho até a manhã de hoje.

Segundo a prefeitura, os motoristas que participam da greve foram indenizados com recursos públicos e recentemente contratados pela Mobi-Rio. Além disso, os trabalhadores estão com salários em dia.

A Mobi-Rio, empresa pública gestora do serviço, informou que vai entrar com uma petição na Justiça para que seja iniciada a cobrança da multa diária de R$ 100 mil.


O Sindicato dos Rodoviários declarou que a liminar tem que ser cumprida e que está em contato com os motoristas para que eles retornem às suas funções. 

Paralisação na sexta (15)

A paralisação dos motoristas começou na madrugada desta sexta (15), nove dias depois de a Prefeitura do Rio retomar a gestão do serviço por meio da empresa pública Mobi.


De acordo com a prefeitura, não houve aviso prévio por parte dos motoristas a respeito da greve. O prefeito Eduardo Paes chegou a dizer que o movimento seria uma "tentativa de empresários do setor para chantagear a prefeitura usando de forma covarde os trabalhadores do BRT".

A categoria reivindica um novo contrato para a garantia de direitos trabalhistas, como reajuste salarial, plano de saúde, auxílio-desemprego e contratação de funcionários que estão afastados pelo INSS.


O Sindicato dos Rodoviários afirmou que nenhuma das partes usará a categoria como "massa de manobra" e que está em negociação com a prefeitura sobre a demissão de 60 funcionários que haviam sido afastados. O sindicato alegou que a paralisação foi uma iniciativa dos motoristas.

Plano de contigência

A prefeitura divulgou um plano de contingência para reduzir os transtornos causados pela greve que afeta todo o sistema BRT desde sexta-feira (15) na cidade do Rio.

-Linha 10 - Santa Cruz x Alvorada-direto: 28 carros/ 5 min;

-Linha 12 - Pingo d'Água x Alvorada direto: 28 carros/5 min;

- Linha 20: Santa Cruz x Salvador Allende, expresso / 10 min;

- Linha 19: Pingo D'água x Salvador Allende, expresso / 8 min;

- Linha 25: Mato Alto x Alvorada, parador / 10 min.

Nas áreas desatendidas, a população deverá buscar as linhas convencionais.

No trecho Jardim Oceânico, Alvorada e Taquara as opções são 803, 900, 766 e 954, que atendem os bairros de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Gardênia Azul, Pechincha, Freguesia e Cidade de Deus, o ponto final da linha 565 será estendido temporariamente até o Terminal Paulo da Portela, em Madureira, e fará retorno próximo ao viaduto de Cascadura.

No trecho entre Taquara e Madureira, o usuário tem como opção a linha 636 que está operando até o Merck.

No trecho entre Madureira e Penha, o usuário tem as linhas 721 e 355 como opção.

No trecho entre Penha e Bonsucesso, o usuário pode utilizar a linha 313.

Os deslocamentos entre Fundão e Barra podem ser realizados com a linha 616 até Del Castilho e linha 614 até a Barra.

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