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BRT: Prefeitura do Rio e motoristas não têm acordo; entenda greve

Sem serviço nos três corredores, gestão municipal diz que não foi avisada. Rodoviários brigam por garantia de direitos

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*, com Record TV Rio

Prefeitura do Rio e rodoviários não entram em acordo; greve continua
Prefeitura do Rio e rodoviários não entram em acordo; greve continua

A Prefeitura do Rio informou que os motoristas do BRT não deram aviso prévio sobre a greve que acontece nesta sexta-feira (25). Por outro lado, o Sindicato dos Rodoviários afirmou que, "enquanto não houver um acordo definido, os profissionais ficarão parados".

"Trata-se de uma greve ilegal", destacou a prefeitura, em nota. A cidade já entrou em estágio de mobilização às 6h45. 

Todos os três corredores do sistema BRT (Transolímpica, Transcarioca e Transoeste) estão parados.

Reinvindicação dos motoristas

São mais de 480 motoristas reinvidicando um novo contrato para a garantia de direitos. A articulação dos rodoviários pela paralisação corre desde o ano passado. 


Na pauta, os trabalhadores pedem reajuste salarial, plano de saúde, pagamento de horas extras, entre outros direitos como 40% do FGTS em caso de demissão, auxílio desemprego e contratação dos funcionários que estão afastados pelo INSS.

"Não dá mais para continuar trabalhando com as condições atuais. São ônibus quebrados diariamente, falta de segurança nas plataformas e dentro dos próprios articulados, além de todas as calhas em que circulam os ônibus totalmente esburacadas. Enquanto a prefeitura ou a interventora não der uma solução, ficaremos de braços cruzados. Infelizmente quem paga essa conta são os profissionais da categoria e a população", comentou o representante da classe, Ademir Francisco.


A presidente da Mobi-Rio, Cláudia Seccin, disse que tenta contato com a categoria, sem sucesso. Ela estaria buscando uma negociação com os grevistas desde a madrugada, mas eles se negam a conversar.

Atritos com a Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio realizou uma intervenção no sistema BRT de março a setembro do ano passado. Depois de passar por concessionárias, a administração municipal decidiu assumir a gestão dos articulados.


No último dia 17 de fevereiro, a nova gestão publicou o decreto de caducidade do contrato de concessão do sistema BRT. O decreto também determinou a extinção parcial do contrato de concessão, assinado em 2010, sem pagamento de indenização prévia aos concessionários.

Rio anuncia renovação de frota do BRT para segundo semestre

Com a greve de hoje, o prefeito Eduardo Paes afirmou que os empresários estão insatisfeitos com a medida e querem reconquistar a concessão, mas não serão bem vindos.

Em resposta, o Sindicato dos Rodoviários destacou que "nem a prefeitura nem os empresários usarão os profissionais da categoria como massa de manobra".

Já a Rio Ônibus disse que "a greve é consequência do descaso e da omissão da prefeitura em relação ao setor de transporte por ônibus". Segundo empresa, o sistema "vive apenas de promessas não cumpridas há um ano", desde que a administração municipal assumiu a gestão.

Em nota, a Rio onibus declarou que repudia o posicionamento do Eduardo Paes. "A paralisação é uma das consequências do que a inércia e a falta de governança do poder público são capazes de fazer, deixando milhares de passageiros sem ônibus", enfatizou.

A Prefeitura do Rio recomenda que, quem puder, evite se deslocar nas regiões atendidas pelo serviço BRT. Caso precise se deslocar, trens, metrô e ônibus regulares são as opções.

Confira opções de transporte:

Em decorrência da paralisação, a Prefeitura do Rio voltou com o plano de contingência estabelecido desde da última greve. Segundo a gestão, os operadores das empresas de ônibus que abrangem as áreas dos três corredores do BRT estão com as linhas comuns reforçadas.

No corredor Transoeste estão mantidos os ônibus urbanos nos serviços diretão e na avenida Cesário de Melo, em Campo Grande, e há modificações nos demais bairros.

Mudanças na zona oeste:

Direto:

- Linha 10: Santa cruz x Alvorada, direto intervalo de 5 min.

- Linha 12: Pingo D´água x Alvorada, direto, intervalo de 5 min.

Cesário:

- Linha 20: Santa cruz x Salvador Allende, expresso, intervalo de 10 min

- Linha 19: Pingo D'água x Salvador Allende, expresso, intervalo de 8 min

- Linha 25: Mato Alto x Alvorada, parador, intervalo de 10 min.

Já no trecho Jardim Oceânico, Alvorada e Taquara as opções são: 803, 900, 766, 565 e 954, que atendem os bairros de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Gardênia Azul, Pechincha, Freguesia e Cidade de Deus.

Além disso, as linhas executivas da zona oeste que têm itinerário pela av. Brasil estão sendo desviadas para atender o eixo com pouca oferta na transoeste.

Zona oeste x zona norte:

No trecho entre Taquara e Madureira, o usuário tem como opção a linha 636 que está operando até o Merck. Os deslocamentos entre Fundão e Barra podem ser realizados com a linha 616 até Del Castilho e linha 614 até a Barra.

Outras mudanças na zona norte:

De Madureira a Penha, o usuário tem a linha 355. Da Penha para Bonsucesso, o usuário pode utilizar a linha 313. 

Metrô

O Metrô Rio informou que funciona com total capacidade e frota completa nesta sexta-feira (25). Além disso, a concessionária disse ter reforçado o efetivo de agentes de segurança e operadores para orientar os passageiros nas estações impactadas. 

Na estação Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, os passageiros são orientados a usar o acesso A (Lagoa) ou o acesso B (Mar) - o acesso C está fechado temporariamente.

"A empresa orienta seus clientes que utilizem meios digitais, efetuando o pagamento da passagem diretamente nas catracas ou recarregando online o cartão Giro do MetrôRio, a fim de agilizar o acesso e evitar filas", destacou a empresa.

O MetrôRio ainda possui um esquema especial para o Carnaval neste fim de semana e no feriado. No sábado (26), na segunda (28) e na quarta-feira (2), as estações abrem das 5h à meia-noite. Já no domingo (27) e na terça-feira de feriado (1º), a operação será das 7h às 23h.

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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