Em nova assembleia, na tarde desta sexta-feira (27), os professores municipais decidiram continuar ocupando o plenário da Câmara de Vereadores até que a Prefeitura do Rio aceite as revindicações dos grevistas. Cerca de 30 profissionais ocupam o local desde quinta-feira (26) por não concordarem com o PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) proposto pela administração municipal e que seria votado na Câmara. A sessão foi adiada para próxima terça-feira (1º).
Os docentes exigem a retirada de votação do plano de carreira apresentado pela prefeitura que, segundo eles, atende somente a 10% da categoria na capital.
Em outra reunião, na manhã desta sexta, os professores votaram por continuar a greve, que teve início em 8 de agosto.As atividades da Câmara foram canceladas nesta sexta por causa da ocupação.
Em nota, a prefeitura afirma que não haverá mais tentativas de negociação, já que, segundo o município, as propostas de acordos não foram aceitas pela categoria.
Segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino do Rio), cerca de 300 profissionais estão do lado de fora da Câmara, em apoio aos ocupantes. Professores estaduais, também em greve, fazem parte do grupo, que está auxiliando os docentes com água e comida.
Salário descontado
Os professores municipais em greve podem ter os salários descontados após o Tribunal de Justiça ter derrubado liminar que impedia o corte dos dias em paralisação nos pagamentos dos profissionais. A decisão autoriza a prefeitura a descontar os dias não trabalhados pelos grevistas. No último dia 20, os professores da rede municipal retomaram a greve que havia sido encerrada no dia 10.
O governo do Estado, em nota, informou que já deu início ao corte de ponto dos profissionais da educação, que estão em greve desde 8 de agosto. Em nota, a Secretaria de Educação afirma que a medida começou no último dia 25 e tem o respaldo judicial. Na ocasião,o Tribunal de Justiça derrubou liminar que impedia descontos dos dias de greve e tornou ilegal a paralisação.