Menina brincava em parque quando foi atingida por bala perdida
Reprodução / Record Tv RioA DH (Delegacia de Homicídios) procura por outros dois suspeitos de terem participado da perseguição e tiroteio que resultou na morte da menina Sofia Braga, 2 anos, na noite de sábado (21). O disparo que matou a vítima pode ter partido da arma de um deles. A criança foi atingida por uma bala perdida enquanto brincava no parque de uma lanchonete em Irajá, zona norte do Rio.
Nesta segunda-feira (23), agentes da DH realizaram buscas por novas evidências que possam ajudar na investigação da morte da menina. Imagens das câmeras de segurança do interior da lanchonete foram recolhidas e analisadas. O momento que Sofia Lara é atingida aparece no registro. Para a polícia não há dúvidas que o tiro veio do lado de fora, mas somente com essas imagens ainda não é possível concluir quem efetuou o disparo.
Na perícia realizada no local, agentes encontraram a marca na parede por onde o tiro entrou. O projétil ainda não foi localizado. Testemunhas relatam que no momento da tragédia, na rua em frente ao estabelecimento, policiais passaram em perseguição a bandidos e houve troca de tiros. A hipótese do disparo ter sido feito por um PM ainda não foi descartada. As armas de todos os agentes envolvidos na ação foram apreendidas e serão periciadas.
Um suspeito identificado como Thiago Rodrigues dos Santos foi preso em flagrante e teve a arma apreendida que também passará por uma perícia. Ele confessou que praticava assaltos na região, mas negou ter atirado durante a perseguição policial. Thiago deve ser ouvido novamente por agentes DH. O suspeito teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta segunda.
A polícia ainda procura imagens de estabelecimentos próximos à lanchonete. As filmagens podem mostrar todos os envolvidos na perseguição. Este semana testemunhas vão ser chamadas para prestar depoimento. Os pais da menina também devem ser ouvidos.
Em uma rede social, a mãe de Sofia fez uma homenagem emocionada à menina.
"Hoje eu perdi o meu anjo. Um anjo que com 2 anos e 7 meses, me ensinou as melhoras coisas da vida. Me ensinou a amar, me ensinou a viver, me ensinou o que é ter uma amiga de verdade... amigas pra sempre, como ela mesma dizia. Ela foi o melhor de mim, era o meu grude, era a minha vida!", escreveu Hérica Braga.
Policial militar, Felipe de Souza Amaral Fernandes, pai de Sofia, tem a violência como rotina na profissão. Apesar da proximidade com essa realidade, ele disse que nunca imaginou perder a filha.
"Não tem explicação, você trabalhar em uma profissão de risco... Eu sempre me imaginei tomando um tiro e a minha filha tendo forças para seguir a vida dela sem o pai, só que aconteceu o contrário. Minha filha de dois anos e meio tomou um tiro e eu não sei o que fazer agora. A violência está ai, só está piorando e eu não vejo luz no fim do túnel. Eu vejo a violência, mas nunca imaginei que fosse acontecer comigo".
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