Após a morte do estudante Diego Vieira Machado, de 29 anos, a Prefeitura da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) vai instalar 17 câmeras no campus da Ilha do Fundão, na área da Residência Estudantil. Serão 14 câmeras fixas e três capazes de gravar imagens em 360°. O equipamento terá ligação direta com o centro de controle operacional da UFRJ. De acordo com a assessoria da universidade, os aparelhos já devem estar disponíveis nesta sexta-feira (8).
Diego foi encontrado morto na madrugada do último domingo (3) às margens da Baía da Guanabara. O corpo do estudante foi encontrado sem roupa e sem documentos. A polícia informou a existência de marcas de violência, porém, o resultado completo da perícia deve sair nos próximos dias.
Para os amigos de Diego Machado, o estudante foi vítima de um crime de motivação homofóbica. Ele já havia sofrido racismo e homofobia e costumava entrar em discussões.
Segundo a estudante de comunicação Pérola Gonçalves, de 22 anos, que era amiga da vítima, Diego já sofreu ameaças e era chamado de "Paraíba". O estudante é natural do estado do Pará.
— Ele era teimoso, muito briguento. Mas só reagia aos ataques raciais e homofóbicos que sofria. Eu testemunhei algumas brigas. Ele era uma pessoa boa.
Estudante morto na UFRJ aprendeu a lutar por medo de agressão homofóbica