Vereadores aprovam requerimento de urgência para votação do plano de carreira dos professores
Decisão definitiva será realizada por volta das 18h desta terça-feira (1°)
Rio de Janeiro|Do R7
Os vereadores da Câmara do Rio, na Cinelândia, no centro, aprovaram o requerimento de urgência para a votação do plano de carreira dos professores municipais do Estado, nesta terça-feira (1º). Logo após a decisão, manifestantes tentaram entrar na Casa pelas portas laterais e foram impedidos pela polícia.
Na confusão, pelo menos cinco bombas de efeito moral foram atiradas por policiais militares contra os professores na porta da Casa. Entre as centenas de manifestantes, havia cerca de 50 mascarados vinculados ao grupo Black Blocs, apontados pela PM como envolvidos nos atos de violência que têm caracterizado os protestos iniciados em junho no Rio.
Em decorrência da manifestação, a estação do metrô Cinelândia foi fechada por volta das 16h35. A avenida Presidente Vargas, no sentido Candelária -na altura da avenida Passos -; a rua Evaristo da Veiga e a rua Araújo Porto Alegre também foram interditadas.
Por volta das 14h desta terça, os vereadores discutiram o projeto. Teresa Bergher (PSDB), César Maia (DEM), Eliomar Coelho (PSOL) e Leonel Brizola Neto (PDT) se mostraram contra a medida. Teresa questionou o projeto já que ele não é aceito pelos profissionais da categoria.
— Por que não retirá-lo se não há aceitação?
A sessão extraordinária também deve realizar a votação do plano às 18h05 desta terça. A vereadora ainda pediu ao presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Fellipe (PMDB), que sensibilizasse o prefeito Eduardo Paes para voltar atrás e discutir novamente com os professores uma solução.
Teresa também contestou o conteúdo do projeto, que segundo ela “não condiz com a verdade”.
Os vereadores César Maia (DEM) e Eliomar Coelho (PSOL) também se posicionaram contra o plano de carreiras que para eles deve ser rediscutido com os docentes. Coelho disse que “a única saída é a partir da política, do diálogo” e declarou que a sessão iniciada nesta terça não é válida.
— Essa sessão não tem validade porque não é pública, como é garantida por lei.
O vereador Leonel Brizola Neto (PDT) chamou de antidemocrático a forma como foi discutido o plano de carreiras, que segundo o vereador aconteceu a portas fechadas coordenada pelo prefeito Eduardo Paes.
— O prefeito Eduardo Paes manda nesta Casa. Ele abre e fecha na hora que ele quer.
Ele também lembrou que os vereadores da Câmara não tiveram chance de acrescentar e discutir emendas.
A Casa informou que 38 dos 51 vereadores estavam presentes às 15h. As galerias estavam vazias, já que as senhas não foram distribuídas para a população.