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Atirador de Daleste era “habilidoso” e “sabia bem o que queria”, diz perita após simulação

Perícia concluiu que assassino estava em terreno baldio há pelo menos 30 m de distância

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Perita responsável pela simulação descartou a possibilidade de haver um só atirador
Perita responsável pela simulação descartou a possibilidade de haver um só atirador Perita responsável pela simulação descartou a possibilidade de haver um só atirador

A simulação do assassinato do MC Daleste terminou por volta das 12h desta quinta-feira (18) em Campinas, interior de São Paulo. A perita do IC (Instituto de Criminalística) Ana Cláudia Diaz, afirmou que foi descartada a possibilidade de o atirador estar dentro da casa em construção próxima ao palco onde o cantor se apresentava. Segundo ela, o suspeito estaria em um terreno baldio ao lado da construção.

— Não há dúvidas de que foi naquele setor [que o atirador estava]. A edificação foi descartada. O local é propício para o atirador efetuar o disparo e sair sem ser visto.

A polícia trabalha com a possibilidade de haver apenas um atirador no local do crime. Para a perita, trata-se de uma "pessoa habilidosa que veio aqui com um determinado intuito e sabia bem o que ele queria e por que queria".

Ana Cláudia diz não acreditar que o atirador tenha mudado de lugar entre um disparo e outro.

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— A linha de disparo foi a mesma e o tempo entre um disparo e outro foi de aproximadamente 1h50, 1h58. Então, acho que não tinha tempo hábil para isso [mudar de lugar]. Pode ser que ele tenha mudado o posicionamento das mãos.

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Nesta manhã, os peritos setorizaram o local de onde partiram os dois tiros. Como não havia testemunha ocular, foram usados nessa simulação informações do levantamento inicial feito pela perícia, baseado nos vestígios encontrados no local, além do laudo necroscópico do IML que mostram as marcas de entrada e saída da bala no tórax do cantor.

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Eles também se basearam nas imagens de vídeos e de fotos do dia em que Daleste foi morto.

— Juntando tudo isso, a gente conseguiu delimitar as duas linhas de disparo e, consequentemente, nós setorizamos o posicionamento do atirador.

Linhas de investigação

A polícia trabalha com, pelo menos, três linhas de investigação para tentar chegar ao assassino. Uma delas seria a de crime passional.Testemunhas disseram aos investigadores que o funkeiro teria se envolvido em uma briga em Campinas, um mês antes, por causa de uma moça. A hipótese é negada pela família da vítima.

Outra hipótese investigada seria uma briga com os organizadores da quermesse em Campinas, o que também é negado por parentes do MC.

A terceira dá conta de que o assassino seria um policial. A possibilidade surgiu a partir da acusação de um amigo do cantor. MC Daleste estaria sendo extorquido por policiais militares, mas os familiares do cantor também rebatem a afirmação.

Para Roland Pellegrine, pai do funkeiro, o filho foi executado por alguém que não suportava vê-lo vencer na vida. O jovem fazia uma média de 40 shows por mês e faturava cerca de R$ 200 mil.

Daleste é o sexto funkeiro morto no Estado de São Paulo nos últimos três anos. Até hoje, nenhum caso foi esclarecido.

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