PM de SP matou 430 pessoas em supostos confrontos em 2017
Reprodução/FacebookO primeiro semestre de 2017 registrou 313 mortes de pessoas que supostamente entraram em confronto com policiais militares em serviço no estado de São Paulo. Este número é 12,18% maior do que o mesmo período do ano passado, quando 279 pessoas foram vitimadas.
Por outro lado, sete PMs morreram enquanto trabalhavam. Isso significa que a Polícia Militar matou 44 pessoas no estado de São Paulo para cada PM assassinado em serviço, entre janeiro e junho deste ano. Os números foram divulgados pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) na terça-feira (25).
Número de mortes em intervenção policial sobe 17% na capital
Além das pessoas mortas por policiais militares em serviço, 117 pessoas foram assassinadas por PMs de folga enquanto 15 policiais militares foram mortos fora do horário de trabalho.
O número de militares mortos em serviço no primeiro semestre de 2017 diminuiu em um, passando de oito para sete na comparação entre os seis primeiros meses do ano passado.
Desde julho de 1995, início da série histórica divulgada pelo Governo do Estado de São Paulo, até junho de 2017, última atualização, 526 policiais militares foram mortos enquanto praticavam a atividade profissional.
No final da noite desta terça-feira, a Secretaria de Segurança Pública enviou uma nota informando que "desenvolve ações para reduzir a letalidade policial", que "a opção pelo confronto é sempre do criminoso" e que na maioria dos casos os confrontos não resultam em morte.
Leia abaixo a nota na íntegra:
"A Secretaria da Segurança Pública informa que desenvolve ações para reduzir a letalidade policial. No entanto, é importante ressaltar que a opção pelo confronto é sempre do criminoso. Houve, nos primeiros seis meses do ano, 1.850 confrontos apenas com PMs em serviço. O índice de criminosos que morrem após reação da polícia para combater crimes foi de 17%. Ou seja, na grande maioria dos casos, o confronto não resulta em óbito. No primeiro semestre de 2017, 58,3% dos casos que resultaram em morte foram originados de ocorrências de roubo.
Todos os casos registrados são rigorosamente apurados para constatar se a ação policial foi realmente legítima. Para dar maior qualidade às investigações que envolvem agentes de segurança, foi implementada a Resolução SSP 40/2015, que exige o comparecimento da Corregedoria, do comando local e de uma equipe de perícia específica, além do acionamento do Ministério Público. A decisão de dar seguimento ou de arquivar os inquéritos é do Judiciário, após manifestação do Ministério Público.
São Paulo, 27 de julho de 2017".
*Kaique Dalapola, estagiário do R7