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Defesa pressiona vigia e tenta desconstruir versão de que ele viu Gil Rugai na noite do crime

Advogado do ex-seminarista afirmou que testemunha entrou em contradição

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Julgamento do ex-seminarista Gil Rugai começou nesta segunda-feira, após nove anos do crime
Julgamento do ex-seminarista Gil Rugai começou nesta segunda-feira, após nove anos do crime Julgamento do ex-seminarista Gil Rugai começou nesta segunda-feira, após nove anos do crime

Durante o depoimento do vigia que trabalhava na rua onde morava Luiz Carlos Rugai e Alessandra de Fátima Troitino, a defesa de Gil Rugai tentou desconstruir a versão apresentada pela testemunha, considerada chave. O segurança Domingos Ramos de Oliveira afirmou à polícia que viu o ex-seminarista, acusado de matar o pai e a madrasta, sair da casa depois dos disparos que atingiram as vítimas. No plenário do Fórum Criminal da Barra Funda, onde é ouvido nesta segunda-feira (18), ele reiterou a versão.

Em diferentes momentos, os advogados do acusado alegaram que o vigia entrava em contradição. Eles tentaram sustentar que o profissional não seria capaz de visualizar Gil Rugai devido a pouca iluminação na ocasião dos fatos.

O advogado Marcelo Feller questionou por que a testemunha não conseguiu descrever a pessoa que supostamente acompanhava Gil Rugai na noite do crime. Pressionado, o vigia chegou a falar que não identificou se a pessoa era do sexo masculino e feminino, mas pouco depois, disse se tratar de um homem. 

Feller indagou: “o que o fez mudar de opinião?”. Posteriormente, ainda perguntou, em tom de ironia: “qual a sua versão final?”. E emendou: “como o senhor reparou tão bem no Gil, a ponto de ver o suspensório sob a capa, e não reparou na cor da pele da outra pessoa?”.

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Os defensores ainda mostraram gravações da voz da mulher do vigia veiculadas pela imprensa. Em uma delas, ela dizia que o marido não viu Gil Rugai e que só confirmou porque foi pressionado e ameaçado. 

A defesa também indagou a testemunha sobre o incêndio na guarita onde ela trabalhava. De acordo com os advogados, na ocasião, anotaram a placa do carro usado pela pessoa que ateou fogo e o veículo estaria ligado ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

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O vigia, que precisou recorrer ao programa de proteção à testemunha, afirmou que não sabia do fato. Feller questionou: “se está correto que a viatura do DHPP estava envolvida no episodio do incêndio, o senhor concorda que foi ameaçado e protegido pela mesma pessoa?”.

Um dos momentos mais tensos foi quanto Feller perguntou qual seria a reação do cachorro do vigia se ouvisse tiros. Segundos antes, a testemunha havia relatado que o cão dos Rugai só latia diante de pessoas estranhas.

Acusação

Diante das perguntas do advogado, o promotor Rogério Zagallo resolveu intervir, pedindo objetividade e dizendo que a defesa estava fugindo dos fatos. 

Depois, o promotor falou ao R7 sobre o incêndio que atingiu a guarita do vigia. Ele afirmou que o fogo aconteceu poucos dias depois do homicídio, em 2004. Segundo Zagallo, o inquérito sobre o incêndio foi arquivado e não foi possível chegar ao autor do atentado.

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