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Dois meses após incêndio no Memorial, grandes museus de SP continuam irregulares

Maior parte dos centros culturais está com documentação pendente para obter alvará

São Paulo|Do R7

Auditório do Memorial passa por limpeza, desde a semana passada, e não tem prazo para ser reaberto
Auditório do Memorial passa por limpeza, desde a semana passada, e não tem prazo para ser reaberto

O incêndio que atingiu o auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, completa dois meses nesta quarta-feira (29). O episódio serviu de alerta para que a Secretaria Municipal de Licenciamento iniciasse uma força-tarefa no fim do ano para regularizar a situação e garantir a segurança nos centros culturais de São Paulo. No entanto, passados mais de 60 dias, grandes museus da capital continuam sem o Alvará de Funcionamento para local de reunião.

Esse documento é obrigatório para espaços com capacidade para mais de 250 pessoas. Para obtê-lo, o estabelecimento precisa passar por vistorias que atestem a segurança dos frequentadores e funcionários. Uma das visitas é a do Corpo de Bombeiros, que emite o auto de vistoria após observar se as medidas de prevenção contra incêndios estão adequadas.

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Segundo a Secretaria Municipal de Licenciamento, o MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo), no Ibirapuera; e o Centro Cultural São Paulo, no Paraíso, foram intimados pelos fiscais. Foi dado um prazo para que eles coloquem em dia a documentação necessária.

Já o Masp (Museu de Arte de São Paulo), a Pinacoteca, o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), o Museu da Língua Portuguesa, a Sala São Paulo e o Auditório do Ibirapuera já deram entrada no processo, mas ainda não obtiveram o alvará, de acordo com a prefeitura. A assessoria de imprensa do Auditório do Ibirapuera informou, no entanto, que o local já possui alvará.


O prazo para a liberação do documento, segundo a prefeitura, depende do interessado. Se toda a documentação exigida por lei for apresentada, ele é expedido rapidamente, de acordo com a secretaria. 

Memorial


O auditório Simón Bolívar passa por trabalhos de limpeza desde o começo da semana passada. Após essa fase, uma nova vistoria do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) vai definir quais reformas estruturais precisam ser feitas. O prédio não foi comprometido.

O escritório do arquiteto Oscar Niemeyer, que projetou o complexo cultural, localizado na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, deverá refazer a parte arquitetônica do auditório. A tapeçaria que revestia o espaço também será refeita pela artista Tomie Ohtake.

Segundo o coordenador da reforma, Sérgio Jacomini, não há prazo para que o auditório seja reaberto e nem o custo estimado das obras. A avaliação do IPT pode demorar até 75 dias e ainda nem começou.

Não havia público na hora em que o fogo começou, na tarde de 29 de novembro. Mas durante o combate às chamas, 25 bombeiros ficaram feridos, sendo que quatro permaneceram internados. No fim da semana passada, o laudo da perícia feita no Memorial foi divulgado. A conclusão foi de que um curto-circuito deu início ao incêndio. 

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