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“Ela não deixava minha filha ter namorado”, diz pai de garota morta pela amiga  

Antes de ser baleada, vítima estaria retomando relacionamento com um rapaz

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Mayara e a mãe (foto) se apresentaram à polícia quase três dias após o crime. A garota foi liberada após prestar depoimento
Mayara e a mãe (foto) se apresentaram à polícia quase três dias após o crime. A garota foi liberada após prestar depoimento Mayara e a mãe (foto) se apresentaram à polícia quase três dias após o crime. A garota foi liberada após prestar depoimento

Raimundo dos Santos, o pai de Barbara Lopes Santos, de 16 anos, afirmou nesta terça-feira (19), em entrevista ao R7, que não tem dúvidas de que a filha foi assassinada pela amiga Mayara Raquel Barreto, de 19 anos, no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo. A colega confessou ter atirado na adolescente na noite de sexta-feira (15), mas disse que disparou acidentalmente um revólver que é do pai, um ex-policial militar. Ela fugiu após balear a jovem, apresentou-se à polícia mais de dois dias depois e foi liberada.

Raimundo conta que nunca concordou com a amizade das duas, mas também não forçou a filha a se afastar de Mayara, que segundo ele era possesiva.

— A Barbara não podia ter outras amigas. Ela [Mayara] não deixava minha filha ter namorado. Inclusive, descobri que minha filha estava retornando com um ex-namorado.

O pai ainda disse que a amiga teria sido a responsável por Barbara romper com o namorado há cerca de seis meses.

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— Parece que ela foi o pivô da separação. A Mayara sempre xingava o namorado da Bárbara de boi, veado.

O delegado que investiga o caso, Levi D’Oliveira, desconhece esse fato. Ele ouviu, na terça-feira (19), dois vizinhos, duas amigas e a irmã da vítima.

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— As duas amigas falaram que ela era possessiva. Mas daí até cometer um assassinato. Claro que às vezes acontece um crime passional, mas não dá para afirmar isso agora.

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A polícia também investiga se houve demora no socorro da adolescente. Segundo Raimundo, o tiro foi por volta de 20h30, na casa de Mayara. As duas estavam sozinhas.

— Minha filha foi baleada cerca de dez minutos depois de entrar na casa. A Mayara saiu na rua gritando para chamar a polícia, mas ninguém acreditou porque a família dela é barraqueira. Então, ela ligou para o pai, que estava no trabalho, no Tatuapé, e chegou muito tempo depois, uns 40 ou 50 minutos.

Ainda de acordo com o pai da vítima, a mãe de Mayara estava no supermercado e foi chamada. Ela levou a filha de carro até a casa de um parente, em Bertioga, no litoral norte de SP. As duas ficaram lá até segunda-feira. D’Oliveira não confirmou se vai pedir a quebra de sigilo telefônico da família.

A família da adolescente só soube do que havia acontecido quase três horas depois. Barbara já estava no hospital e o pai dela foi avisado por policiais militares. A garota foi socorrida pelo pai de Mayara.

Investigações

O delegado disse que até o momento não há testemunhas ou evidências que provem que Mayara quis assassinar a amiga. A princípio, a jovem será indiciada pelo crime de homicídio culposo — sem a intenção de matar.

O pai da garota afirmou que o revólver usado no crime, um calibre 38, era dele. O homem trabalha hoje como monitor na Fundação Casa, mas já foi policial militar e comprou a arma quando era membro da corporação. Após sair, nunca pediu o porte e deixou a arma guardada em casa, carregada.

Na versão contada por Mayara à polícia, ela procurava dinheiro no armário da mãe para abastecer o carro quando viu o revólver e mostrou à amiga. Foi quando aconteceu o disparo. 

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