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Em depoimento, Léo Rugai diz acreditar na inocência do irmão

Testemunha convocada pela defesa disse que teve "conversa séria" com Gil Rugai

São Paulo|Ana Cláudia Barros e Vanessa Beltrão, do R7

Léo Rugai prestou depoimento na noite desta quarta-feira
Léo Rugai prestou depoimento na noite desta quarta-feira Léo Rugai prestou depoimento na noite desta quarta-feira

Última testemunha convocada pela defesa de Gil Rugai a depor nesta quarta-feira (20), Léo Rugai afirmou que acreditava na inocência do irmão. Gil está sendo julgado pela morte do pai e da madrasta, ocorrida em março de 2004.

A sessão no plenário 10 do Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste da capital paulista, terminou por volta das 21h, depois que a acusação abriu mão de fazer perguntas à testemunha.

Léo relatou, durante depoimento, que, logo após o crime, conversou "sério com o irmão" e que ele garantiu que não seria o autor dos disparos que atingiram o casal.

Segundo Léo, Gil teria dito que não tinha "nada a ver" com o duplo homicídio e que não estava na casa no momento dos assassinatos.

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A testemunha declarou ainda que, no primeiro momento, chegou a desconfiar do irmão devido à prisão do acusado e também em função da notícia de que havia provas contra ele, mas após uma conversa "olho no olho", tudo foi esclarecido.

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Sem perguntas

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O advogado Ubirajara Mangini, assistente da acusação, comentou o fato de não ter feito perguntas a Léo Rugai. Ele afirmou que foi uma forma de respeitar a dor do depoente.

— Não houve interesse da acusação em fazer pergunta. O rapaz perdeu o pai e está com o irmão acusado. Não ia adiantar fazê-lo responder algo diferente. É o irmão dele [Gil Rugai]. Vamos respeitar o sofrimento dele.

Mangini informou ainda que a única certeza que a acusação tem é de que Léo não estava na cena do crime. E que, pare ele, só com provas concretas é possível fazer com que um irmão desconfie de outro.

— Entendi que ele não tem conhecimento sobre todo o processo.

O caso

O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.

O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontraram no quarto do rapaz um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e está sendo julgado por duplo homicídio qualificado, por motivo torpe.

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