Em meio à comoção no IML (Instituto Médico Legal) do Guarujá, no litoral sul de São Paulo, familiares das vítimas do acidente de ônibus que vitimou 18 pessoas na rodovia Mogi-Bertioga, no fim da noite desta quarta-feira (8), atribuem o acidente a uma possível imprudência do motorista. Familiares do condutor, porém, discordam da versão.
O ambulante de 49 anos, Marcos Oliveira dos Santos, disse que a filha Gabriela da Silva Oliveira Santos, de 22, costumava reclamar da imprudência do motorista.
— Amigos dela mudaram de ônibus por causa disso.
Ela estava no último ano do curso de Engenharia Civil na UMC (Universidade de Mogi das Cruzes).
O caseiro Otacilio Pereira de Lima Filho, de 53, afirmou que a filha, Tita de Cássia Alves de Lima, de 19, queixava-se do excesso de velocidade.
— Ela dizia também que os ônibus quebravam frequentemente.
Veja quem são as vítimas do acidente na Mogi-Bertioga
Familiares do motorista Antônio Carlos da Silva, de 38, questionam a versão. O irmão dele, o marinheiro Anderson Luís da Silva, de 27, falou com a reportagem.
— Antes do acidente, ele mandou uma mensagem para a mulher falando que ia se atrasar por causa da neblina. O tacógrafo marcou 48 km/h no acidente.
Silva disse que os ônibus costumam seguir em comboio.
— Não tinha como todos correrem juntos.
O delegado de Bertioga que acompanha o caso, Fábio Pierry, afirmou que só a perícia poderá identificar as causas do acidente. Entretanto, afirmou que, em uma análise inicial, foi possível constatar que o veículo estava um pouco acima da velocidade.
— Mas não dá para dizer se isso foi fator determinante.
Uma equipe fará uma perícia mecânica na tarde desta quinta-feira (9) para avaliar o veículo, tentando identificar assim uma possível falha mecânica no carro.
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