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Irmãos Cravinhos cumprirão pena em regime semiaberto; Suzane continua presa

Para justificar a decisão, juíza afirmou que Daniel e Cristian apresentaram bom comportamento 

São Paulo|, com R7

A partir de agora, os dois poderão mudar para a ala de semiaberto dentro do Presídio de Tremembé, ou mesmo mudar de cadeia
A partir de agora, os dois poderão mudar para a ala de semiaberto dentro do Presídio de Tremembé, ou mesmo mudar de cadeia

Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos de Paula e Silva vão cumprir o restante da pena, a que foram condenados pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, em regime semiaberto, segundo decisão da Justiça divulgada nesta terça-feira (19) e datada do último dia 15.

Daniel foi condenado a 39 anos e Cristian, a 38 anos. Eles estão presos desde 2002. Com o regime semiaberto, os irmãos podem trabalhar ou estudar durante o dia e retornar ao presídio de Taubaté (SP) à noite. No caso de Suzane, os recursos foram negados e ela continua presa.

A decisão que encaminha os irmãos ao regime semiaberto foi tomada pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, após parecer favorável do Ministério Público. Para justificar a decisão, a juíza afirmou que Daniel e Cristian apresentaram bom comportamento na prisão, e que eles já cumpriram tempo suficiente de pena para receber o benefício.

Segundo informações da SAP (Secretaria de Adminstração Penitenciária), a partir de agora os dois poderão mudar para a ala de semiaberto dentro do Presídio de Tremembé, onde estão atualmente, ou mesmo mudar de cadeia, para uma específica para esse tipo de regime.


Com relação à saída dos dois durante o dia, isso não é automático. Primeiro eles terão de conseguir um trabalho ou algum tipo de estudo fora do presídio. Só então poderão solicitar à Justiça a saída durante o dia para estudar ou trabalhar.

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Suzane von Richthofen

Em junho de 2011, o STF (Superior Tribunal de Justiça) negou habeas corpus a Suzane von Richthofen para progressão ao regime semiaberto. Ela cumpre pena de 39 anos de reclusão pelo homicídio triplamente qualificado de seus pais: por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. A defesa dela conseguiu que a pena fosse reduzida a 38 anos.

A progressão para o regime semiaberto pedida por Suzane foi negada pelo juízo de primeira instância. O recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo também foi negado, sob o argumento de que o exame criminológico mostrou imaturidade, egocentrismo, impulsividade, agressividade e a ausência de remorso por parte de Suzane.

Os advogados dela afirmam que o bom comportamento, a espontânea apresentação à Justiça, o exercício de atividades laborativas e o parecer favorável à progressão são elementos que seriam suficientes para obter a liberdade parcial. O ministro do STJ, porém, destacou que a liminar em habeas corpus exige a demonstração de sua necessidade e urgência, o que não aconteceu.

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O crime

Manfred e Marísia dormiam quando Suzane, o namorado dela, Daniel, e o irmão dele, Cristian Cravinhos, entraram na garagem no carro da jovem. A polícia conta que Suzane foi até o quarto dos pais para conferir se eles estavam dormindo.

Autorizados por ela, Daniel e Cristian entraram em ação. Daniel se aproximou de Manfred. Cristian, de Marísia. Foram inúmeros os golpes na cabeça com barras de ferro. Os irmãos ainda usaram toalhas molhadas e sacos plásticos para sufocar o casal.

Durante o assassinato, Suzane esperou no andar de baixo da casa. A jovem revirou o escritório para simular um assalto. Antes de ir embora, o trio embolsou 5.000 dólares e R$ 8.000 guardados por Manfred.

Depois da morte dos pais, Suzane foi com Daniel para um motel. Às três da madrugada, a jovem deixou Daniel em casa e foi em busca do irmão Andreas numa LAN house. Ela e o irmão caçula voltaram à mansão. Ao se depararem com os pais mortos, Suzane acionou a polícia.

Na madrugada do dia 22 de julho de 2006, o Tribunal do Júri condenou Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos à prisão pelo assassinato do casal. Suzane, Daniel e Cristian foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado. Eles estão presos na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. 

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