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Mãe de garoto especial que apanhou de vizinha em elevador desabafa: o transtorno dele está pior

Mulher deu socos e pontapés em criança de nove anos que sofre de depressão rara

São Paulo|Do R7*

Mãe de garoto toma remédios para controlar pressão alta
Mãe de garoto toma remédios para controlar pressão alta Mãe de garoto toma remédios para controlar pressão alta

Andrea de Paula, mãe de Pedro, um garoto especial de nove anos que levou socos e pontapés de uma vizinha no condomínio em que mora na zona norte de São Paulo, tenta seguir a rotina e superar o ocorrido.

A mulher relatou ao R7 que, no dia da agressão, se atrasou para chegar em casa por causa do trânsito. O filho, que voltava da escola de van escolar, teve que pedir a chave do apartamento ao porteiro.

Assim que entrou no elevador, conforme mostra o vídeo (veja abaixo), o menino, que sofre de depressão rara e TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), levou socos e chutes de uma vizinha. Após apanhar, ele entrou em casa e ligou para a mãe, aos prantos.

— Mãe, uma mulher muito má, que só ama a filha dela, me bateu muito no rosto. Eu tô muito machucado. Minha barriga doi muito. As minhas pernas estão muito machucadas. Mãe, por favor, vem logo para casa. Eu tô morrendo de medo.

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Ainda de acordo com Andrea, dias depois da agressão, Pedro apresentou mudanças no comportamento. O TOC ganhou nova proporção e, atualmente, o garoto quer tomar banho toda hora. Por recomendações médicas, Pedro continua indo para a escola e procura seguir com a rotina dele sem tocar no assunto ou relembrar do episódio traumático.

Veja o desabafo da mãe:

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Ao saber da gravidade do assunto, Andrea se desesperou e se apressou para chegar ao apartamento. Depois de estacionar o carro, foi à portaria e perguntou quem havia batido no filho dela. No outro dia, recebeu um telefonema da portaria para ser comunicada que as imagens do circuito interno de segurança estavam guardadas.

— O zelador falou para que eu me preparasse para as imagens porque eram fortes. Ele mesmo chorou quando viu. Aí eu fui ver também e não acreditei. "Ela não fez isso", eu pensei. Por se tratar de uma criança em tratamento psiquiátrico e psicológico foi muito pesado.

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Andrea, que toma remédios para controlar a pressão alta, conta que quase sofreu uma parada cardíaca quando viu as imagens.

Assista às imagens da agressão:

Adaptação

Divorciada, Andrea é a chefe da família e sustenta os dois filhos — além de Pedro, ela tem uma filha de 18 anos. Após descobrir a doença do filho, quando ele tinha quatro anos, a vida da família mudou e tanto ela quanto a filha tiveram que se adaptar. Atualmente, os três fazem terapia, o que contribui para que ela entenda o garoto. Segundo Andrea, o tratamento, que já dura cinco anos, trouxe resultados positivos.

— Nós temos um tratamento voltado a ele. Respeitamos o tempo dele. Nós tentamos tratar de uma forma que ele caminhe sozinho. O tratamento é muito bom. Ele vem apresentando desempenho excelente na escola.

Justificativa

A mulher suspeita de bater no garoto prestou depoimento no final da tarde desta terça-feira (11). Segundo o delegado, a vizinha justificou a agressão dizendo que se irritou com o garoto porque ele prendeu a mão dela na porta do elevador. Ela foi indiciada por lesão corporal e vai responder em liberdade.

O porteiro do prédio também já prestou depoimento e disse que o garoto havia jogado uma mochila na filha dela. A irmã e a mãe da mulher também vão ser ouvidas por causa de uma denúncia da mãe da vítima, que afirmou que foi ameaçada por elas após postar o vídeo da confusão nas redes sociais.

Sobre a afirmação da vizinha, Andrea resume o caso em uma palavra: "Inadmissível".

— Em momento algum eu a vi se preocupar com saúde mental do meu filho. Onde já se viu? Em que estado ela imagina que está o meu filho?

Segundo Andrea, nunca houve histórico de problemas com a vizinha.

*Reportagem de Gilmar Júnior, estagiário do R7

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