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Movimento Passe Livre vai processar PM de São Paulo por violência nos protestos de junho     

Representantes do movimento querem punições após confrontos e "prisões políticas"

São Paulo|Do R7

Jornalista Giuliana Vallone foi atingida no olho por uma bala de borracha disparada pela polícia
Jornalista Giuliana Vallone foi atingida no olho por uma bala de borracha disparada pela polícia Jornalista Giuliana Vallone foi atingida no olho por uma bala de borracha disparada pela polícia

Líder dos protestos contra o aumento das passagens do transporte público em São Paulo em junho deste ano, o MPL (Movimento Passe Livre) anunciou nesta quinta-feira (29) que vai processar a Polícia Militar da capital paulista. As duas ações são assinadas por 22 organizações populares e seis defensores públicos e serão protocoladas ainda hoje.

Os representantes do MPL querem a identificação e punição dos PMs que participaram dos confrontos violentos nas manifestações do dia 13 de junho nas ruas do centro de SP. A operação era comandada pelo coronel da PM, Ben-Hur Junqueira.

A integrante do MPL Monique Félix condenou a ação policial na ocasião e ressaltou que o governador Geraldo Alckmin comandou essa operação. Por isso, uma ação será encaminhada ao procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Márcio Elias Rosa, e outra será enviada à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.

— Essas denúncias partem do entendimento das organizações que assinam essa ação de que a repressão contra as manifestações é só mais uma expressão da forma de funcionamento da PM, que cotidianamente criminaliza os movimentos sociais e a pobreza (...). O que vimos foi uma repressão política, uma violência já conhecida nas periferias da cidade por parte da PM. 

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Repórter é atingida no olho por bala de borracha durante cobertura das manifestações

Repórter do R7 é agredido por policial durante manifestação em SP

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Na manifestação do dia 13 de junho, pessoas foram detidas antes do início do ato por portarem vinagre ou "por terem perfil de manifestante", segundo Junqueira disse ao R7 na ocasião. Todas eram encaminhadas para o posto da PM, na praça do Patriarca, e conduzidas a uma delegacia. Foi na mesma manifestação que Junqueira disse que “vinagre poderia ser usado para fazer bomba”.

A violência naquela oportunidade começou na rua Maria Antônia, próximo à praça Roosevelt, quando manifestantes tentaram avançar pela rua da Consolação e foram duramente reprimidos pela Tropa de Choque da PM, a mando de Junqueira. Vários jornalistas foram feridos durante a ação, criticada na época até mesmo pelo governo do Estado.

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A reportagem do R7 já entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar e aguarda um posicionamento da corporação sobre o assunto.

A SSP (Secretaria de Segurança Pública) divulgou em nota que "218 pessoas foram detidas em flagrante nas manifestações de junho, pela prática de atos de vandalismo ou pelo porte de utensílios que poderiam ser usados em agressões ou para a prática de danos". Além disso, de acordo com a secretaria, a "Polícia Militar agiu para garantir o livre direito à manifestação e conter grupos minoritários que se aproveitaram dos eventos para cometer atos de vandalismo. Por fim, a SSP diz que "dois inquéritos policiais militares foram abertos por determinação da SSP e do Comando Geral da PM para apurar denúncias de erros e abusos supostamente praticados" e que 60 pessoas já foram ouvidas para determinar quais oficiais teriam cometido abusos.

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