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“O Estado dará uma resposta muito forte a esses vândalos”, diz major da PM

Protesto desta sexta-feira em SP terminou com agressão a coronel e 92 pessoas detidas

São Paulo|Rodrigo Ribeiro e Ana Cláudia Barros, do R7

Coronel Reynaldo Simões Rossi teve a clavícula quebrada depois de ser agredido por manifestantes
Coronel Reynaldo Simões Rossi teve a clavícula quebrada depois de ser agredido por manifestantes Coronel Reynaldo Simões Rossi teve a clavícula quebrada depois de ser agredido por manifestantes

Depois de um protesto violento que resultou na prisão de 92 pessoas e na agressão de um coronel da Polícia Militar na última sexta-feira (25), o major da PM Mauro Lopes disse, durante coletiva de imprensa neste sábado (26), que a polícia não vai recuar diante da violência dos Black Blocs. 

— A cidade é nossa, não deles. O Estado dará uma resposta muito forte a esses vândalos.

Segundo o major, não há problemas em se manifestar, mas sim, com o vandalismo.

— Já mudamos o País com manifestações de cara limpa. Somos contra manifestações de mascarados. Não queremos que eles banalizem as manifestações.

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Das 92 pessoas levadas para a delegacia durante a manifestação, 11 continuam presas, de acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública). Oito delas são maiores de idade e três, menores.

Agressão

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Ontem, o coronel Reynaldo Simões Rossi e o auxiliar dele foram agredidos durante a invasão do terminal Parque Dom Pedro 2º. De acordo com a polícia, a pistola calibre .40 e o radiocomunicador do oficial foram roubados. Levado ao Hospital das Clínicas, Rossi teve a clavícula quebrada, além de escoriações no rosto e na cabeça. A arma não foi encontrada.

A agressão foi registrada em vídeo. Nele, um grupo aparece atacando o policial, que tenta proteger a cabeça. Alguns dos envolvidos estão com o rosto coberto e um chega a bater no oficial com um pedaço de madeira. Entre os gritos registrados, é possível ouvir “pega, pega” e “parou, parou”.

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Um dos suspeitos de participar da agressão ao coronel foi indiciado por tentativa de homicídio, formação de quadrilha, roubo e lesão corporal, de acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública).

Questionado sobre o fato de o coronel agredido estão desprotegido, o major Lopes explicou:

— O coronel tem o perfil de conciliador, de quem dialoga com os manifestantes. Por isso ele estava com pouca proteção durante a agressão.

Rafael Martins Matar, suspeito de participar da agressão, também foi preso, mas depois foi liberado por ausência de provas.

O ato, que tomou as ruas da região central da cidade, terminou em confusão e vandalismo. Parte dos manifestantes invadiu o terminal e destruiu bilheterias, 18 caixas eletrônicos, alguns ônibus, além de roubar um quiosque de recarga de celular.

Antecedentes

Diretor do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Domingos de Paula Neto apresentou na coletiva um balanço das últimas dez manifestações realizadas na capital paulista. Até o momento, tramitam 142 procedimentos judiciais, sendo 36 autos de flagrante, 26 termos circunstanciados e 80 boletins de ocorrência.

O saldo de ontem culminou com 92 detidos, que foram levados à quatro delegacias: 1º DP (69 presos), 2º DP (6 presos), 68º DP (7 presos) e 8º DP (dez presos, sendo três menores de idade). Durante a coletiva, o diretor afirmou que "quase 30" detidos" possuíam antecedentes oriundos de outras manifestações.

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