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Pai de Gil Rugai o considerava "um menino muito perigoso", diz amigo em depoimento

Alberto Bazaia Neto era instrutor de voo e conversou com vítima dias antes do crime

São Paulo|Vanessa Sulina, do R7

Gil Rugai chega ao fórum acompanhado da mãe nesta terça-feira
Gil Rugai chega ao fórum acompanhado da mãe nesta terça-feira Gil Rugai chega ao fórum acompanhado da mãe nesta terça-feira (DIOGO MOREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO)

O instrutor de voo Alberto Bazaia Neto contou que, quatro dias antes de ser assassinado, seu amigo, o publicitário Luiz Carlos Rugai, disse que seu filho, Gil Rugai, teria roubado a sua empresa. Bazaia afirmou ainda que o pai do ex-seminarista disse que seu filho era “um menino muito perigoso”. A declaração foi dada nesta terça-feira (19) durante o julgamento que acontece no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

Bazaia e a vítima estiveram juntos na quarta-feira antes do crime durante uma aula de instrução de voo em Sorocaba, no interior de São Paulo. Ele falou que Luiz Carlos era “um homem bastante alegre e de bem com a vida”, mas, naquele dia, ele estava cabisbaixo e quieto. O aviador então quis saber o motivo desse comportamento e, depois de muita insistência, ele contou que Luiz desabafou e disse que estava com um problema de família. 

— Ele disse “filho é complicado”. Nesta conversa, ele me contou que havia brigado com o filho na noite anterior. Pediu para ele sair de casa e apresentar um plano para devolver o dinheiro, caso contrário, iria avisar a polícia. Ele disse que não seria “bonzinho” e iria tomar providências.

“Eu não matei, sou inocente”, diz Gil Rugai ao chegar ao fórum 

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"Novas bombas serão jogadas hoje", afirma defesa

Após essa conversa, enquanto faziam a decolagem, Balzaia relatou que Luiz Carlos reclamou de mal-estar. Ele disse que havia dormido pouco por causa da discussão e então pediu para que o amigo pilotasse a aeronave. 

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Segundo Bazaia, Luiz Carlos disse ainda que o filho era “muito inteligente, bom de conversa e que facilmente conseguia convencer as pessoas do que quer”.

— O Luiz ainda me disse que, na noite de terça-feira, o Gil chegou a assumir que tinha roubado a empresa e feito tudo sozinho. 

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Durante o depoimento, ele contou que se encontrou com a vítima novamente um dia antes do crime e que o ouviu conversar com a mulher, Alessandra de Fátima Troitino, por telefone sobre um orçamento para trocar as fechaduras da casa onde moravam.

Relembre o caso

O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo, no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.

O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontraram no quarto do rapaz um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e será julgado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e por estelionato, em razão dos desfalques dados na produtora do pai.

Assista ao vídeo:

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