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"Novas bombas serão jogadas hoje", afirma defesa de Gil Rugai sobre segundo dia de julgamento

Para Marcello Feller, primeiro dia de júri "foi uma vitória" 

São Paulo|Vanessa Sulina, do R7

Feller afirmou ainda que vai questionar investigação da polícia
Feller afirmou ainda que vai questionar investigação da polícia Feller afirmou ainda que vai questionar investigação da polícia (ALICE VERGUEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO)

O advogado de Gil Rugai, Marcello Feller, considerou o primeiro dia do julgamento "uma vitória para a defesa". Ele chegou por volta das 10h desta terça-feira (19) ao Fórum Criminal da Barra Funda, onde o ex-seminarista é julgado pelo assassinato do pai e da madrasta em 2004.

— Ganhamos a batalha, mas não a guerra. Novas bombas serão jogadas hoje no plenário.

Está previsto para esta terça-feira o depoimento do delegado responsável pelo caso, Rodolfo Chiarelli. Segundo Feller, ele será questionado pela defesa a dar explicações sobre a investigação feita na época do crime.

— [Ele será questionado sobre] a parte da perícia da guarita incendiada. Não sabemos sequer se foi criminoso como ouvimos ontem. Não basta dizer, tem que provar.

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Na época do crime, após o vigia da rua onde o casal foi assassinado afirmar ter visto Rugai sair da casa na noite do crime, sua cabine foi incendiada.

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Veja como foi o primeiro dia de julgamento de Gil Rugai

O perito contratado pela defesa, Ricardo Molina, voltou a criticar o laudo feito pela perícia do Instituto de Criminalística.

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— O que ouvimos ontem demonstrou que o laudo era uma ficção, o que mostra que o laudo do IC é contestável. O acusado ficou preso três anos por um laudo que confunde o pé direito com o esquerdo.

No vídeo que integra o laudo pericial do caso foi feita uma sobreposição do pé direito do Gil Rugai com um sapato de pé esquerdo, calçado que também seria do réu. Na animação, a defesa mostrou a dificuldade de colocar o pé dentro do calçado já que eles estavam trocados.

O erro foi reconhecido pelo perito Adriano que citou a máxima "errar é humano". Ele ainda disse que a "agonia para confeccionar o laudo" teria contribuído para o fato.

— A gente trabalhou demais em cima desse laudo. A equipe toda desgastada. Então isso pode ter provocado esse deslize.

Relembre o caso

O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo, no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.

O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontram no quarto do rapaz um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e será julgado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e por estelionato, em razão do desfalque dados na produtora do pai.

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