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Policiais que gravaram conversa entre mãe e padrastro de Joaquim prestam depoimento

Eles colocaram gravador escondido no quarto do casal; ação não foi autorizada pela PM

São Paulo|Do R7, com SP no Ar

Joaquim Ponte Marques, de três anos, desapareceu no dia 5 de novembro e foi encontrado morto cinco dias depois
Joaquim Ponte Marques, de três anos, desapareceu no dia 5 de novembro e foi encontrado morto cinco dias depois

Quatro policiais prestaram depoimento na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Ribeirão Preto. Eles foram os primeiros a chegar na casa da família no dia em que Joaquim Ponte Marques, de três anos, desapareceu. Os policiais gravaram uma conversa da mãe, Natália Mingoni Ponte, com o padrastro do menino, Guilherme Longo. A criança foi encontrada morta no Rio Pardo, em Barretos, cinco dias depois. 

Os dois primeiros policiais militares chegaram no meio da tarde na delegacia. Foram eles que registraram o desaparecimento de Joaquim, como conta o cabo da Polícia Militar Gledson Andrade. 

— Fomos até uma residência próxima, uma loja, onde tinha uma câmera. Aí ele [Guilherme Longo] ficou nervoso, ficou tenso. Ele começou a justificar que era usuário de drogas, que a família não sabia que ele tinha voltado a usar droga. Foi o momento que nós passamos a desconfiar.

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Os PMs decidiram então colocar um gravador escondido no quarto do casal. O procedimento não foi autorizado pelo comando da Polícia Militar. O soldado Ricardo Boutelet afirma que fizeram isso para localizar a criança rapidamente. 


— Simplesmente era para ajudar a encontrar, o mais rápido possível, o menino. O menino é dependente de insulina. A maior vontade nossa era encontrar ele o mais rápído possível. 

Segundo os policiais, a conversa entre Guilherme Longo e Natália Ponte tem seis minutos. No depoimento da tarde de quinta-feira, os PMs disseram ao delegado que entregaram a gravação para o comando da corporação. Mas só agora, a Polícia Civl tomou conhecimento do material. 


A cópia da gravação passar a fazer parte do inquérito que apura a morte de Joaquim. Mas, segundo o MP (Ministério Público), não pode ser usada para incriminar Guilherme Longo, o padrasto da criança, e principal suspeito do crime. Isso porque a gravação foi feita sem autorização judicial. 

Segundo o advogado criminalista Daniel Rondi, mesmo que não sirva de prova para indiciar Longo, a gravação pode ser usada na defesa de Natália Ponte, presa suspeita de partipação na morte do filho. 

— Porque demonstra-se que, em uma conversar que eles não sabiam que estavam sendo gravados, ele tenta falar alguma posição que ela teria dito e ela diz: "Não!" Em um segundo momento, ela questiona: "Cadê o Joaquim? Eu quero o Joaquim!" Então, isso não seria encenado. 

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Na quarta-feira (27), Natália e Longo foram ouvidos em salas separadas por uma psicóloga que ajuda a traçar o perfil comportamental do casal. A mãe e o padrasto continuam presos preventivamente. O delegado responsável pelo caso espera terminar o inquérito até o dia 10 de dezembro, com a divulgação dos resultados dos exames periciais. 

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