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Primeiro dia do julgamento de Gil Rugai é marcado pela pressão da defesa sobre testemunha de acusação

Interrogado pelos advogados de Gil, vigilante chegou a se contradizer

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Julgamento de Gil Rugai (foto) pode durar até cinco dias
Julgamento de Gil Rugai (foto) pode durar até cinco dias MAURICIO CAMARGO/ESTADÃO CONTEÚDO

Após quase nove horas, terminou, por volta das 21h30, o primeiro dia do julgamento do ex-seminarista Gil Rugai, acusado de matar a tiros o pai e a madrasta, em março de 2004. A sessão foi iniciada pouco depois das 13h desta segunda-feira (18), no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Três das 15 testemunhas convocadas – cinco da acusação, nove da defesa e uma do juízo – foram ouvidas.

O primeiro depoimento foi o do vigia que trabalhava na rua onde ficava a casa dos Rugai, cenário do crime. Apontado como testemunha chave, ele reiterou que viu o ex-seminarista sair da mansão, minutos depois dos disparos.

Pressionado pelos advogados de defesa, o segurança entrou em contradição em alguns momentos, como quando disse não saber se a pessoa que acompanhava Rugai ao deixar a casa na noite dos crimes era do sexo feminino ou masculino. Posteriormente, falou se tratar de um homem. O depoimento dele durou duas horas e meia.

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Vigia diz que viu Gil Rugai saindo da casa do pai e da madrasta na noite do crime

A segunda testemunha ouvida foi o médico legista Daniel Romero Munhoz, que examinou o pé do ex-seminarista dias depois do crime. A pessoa que assassinou as vítimas teria derrubado a pontapés a porta da sala de TV onde estava Luiz Carlos, pai de Gil Rugai. Na época, a perícia concluiu que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato do ex-seminarista, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética dias depois, teria apresentado lesão no pé direito.


No depoimento, Romero confirmou que na época detectou no pé do jovem um edema intra-ósseo (acúmulo de água dentro do osso) agudo. Ele enfatizou que a lesão era característica de uma contusão por impacto, mas destacou que não poderia especificar qual seria o tipo de trauma. 

Ao longo do depoimento, a defesa procurou mostrar que não era possível estabelecer uma relação de causalidade entre um chute e o edema apresentado em um dos pés do réu.


A terceira testemunha a depor no plenário foi o perito Adriano Yssanu Yonanime, que coordenou o trabalho de perícia.

Segundo dia

A previsão inicial do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) era de que o júri durasse cinco dias. Cinco homens e duas foram escolhidos como jurados e irão decidir se Gil Rugai é ou não culpado. A expectativa é de que a sessão desta terça-feira (19) comece às 10h.

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