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Promotor critica postura “contemplativa” de juiz do caso Gil Rugai 

Para advogado do réu, acusação está adotando "discurso de derrota"

São Paulo|Vanessa Sulina, do R7

Promotor Rogério Zagallo chega ao Fórum da Barra Funda para julgamento
Promotor Rogério Zagallo chega ao Fórum da Barra Funda para julgamento Promotor Rogério Zagallo chega ao Fórum da Barra Funda para julgamento

O promotor de Justiça Rogério Zagallo criticou a maneira como o juiz Adilson Paukoski Simoni tem presidido o julgamento de Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta em 2004. Ao chegar ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (21), Zagallo afirmou que o magistrado está “absolutamente permissivo em reação à postura da defesa”.

— Está me intrigando a forma pela qual ele está deixando o julgamento correr. De uma forma contemplativa e conivente diante das atrocidades da defesa. Eu não estou dizendo isso por ele ter indeferido meus questionamentos, mas pela forma como ele tem se comportado.

Zagallo citou que a defesa “coloca respostas na boca das testemunhas” e as interrompe enquanto elas estão falando. Para o promotor isso pode interferir no resultado do júri, já que “há inércia do magistrado diante de todos esses acontecimentos”.

Relembre o caso Gil Rugai em fotos

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O advogado do réu Rugai Marcello Feller rebateu o promotor e disse que a afirmação da acusação parece "uma preparação para discurso de derrota"

— Ele deveria ter firmeza para pedir absolvição [de Rugai]. Discurso agredindo o juiz no quarto dia de julgamento me parece que o desespero está tomando conta da acusação. Pelo meu ponto de vista, o juiz está sendo imparcial. O problema da acusação é a falta de preparação.

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Feller voltou a afirmar que Rugai vai responder às perguntas quando for interrogado e disse ainda que seu cliente não entrou em contradição em todo o momento desde a investigação.

— Ele está disposto a falar mas a defesa não admitirá falta de educação se ele for agredido ou pressionado.

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O julgamento de Gil Rugai entra em seu quarto dia. Estão previstos para prestar depoimento hoje três tesmunhas arroladas pela juiz, entre elas, o ex-sócio de Rugai, Rudi Otto. As outras duas são Francisco Luiz Valério Alves, motorista de uma casa vizinha a do casal assassinado, e outro vigia da rua, Fabrício Silva dos Santos. 

O interrogatório mais aguardado do dia, no entanto, é o do réu. O promotor disse acreditar que Rugai não irá confessar o crime.

— Eu não espero que ele diga nada além do que já disse. Não espero que ele confesse, mas espero que ele esclareça um pouco melhor a realidade.

Relembre o caso

O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.

O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

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Faça o teste: o que você se lembra sobre o caso Gil Rugai?

Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontraram no quarto do rapaz um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e está sendo julgado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e por estelionato, em razão dos desfalques dados na produtora do pai.

Assista ao vídeo:

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